História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

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Stiglitz
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História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

Nova parte!

17/04/2013 17:40 - Primeiro capítulo disponível. (Parte 1)
17/04/2013 21:30 - Segundo capítulo disponível. (Parte 1)
22/04/2013 18:50 - Terceiro capítulo disponível. (Parte 1)
25/04/2013 18:25 - Quarto capítulo disponível. (Parte 2)
29/04/2013 18:45 - Quinto capítulo disponível. (Parte 2)
02/05/2013 17:20 - Sexto capítulo disponível. (Parte 2)
06/05/2013 18:45 - Sétimo capítulo disponível (Parte 3)
09/05/2013 17:50 - Oitavo capítulo disponível (Parte 3)
13/05/2013 19:10 - Nono capítulo disponível (Parte 3)
16/05/2013 18:50 - Décimo capítulo disponível
20/05/2013 19:10 - Décimo primeiro capítulo disponível
23/05/2013 19:05 - Décimo segundo capítulo disponível
27/05/2013 18:55 - Décimo terceiro capítulo disponível (Parte 5)
30/05/1013 17:50 - Décimo quarto capítulo disponível (Parte 5)
21/06/2013 16:30 - Décimo quinto capítulo disponível (Parte 5)

Parte 1: viewtopic.php?f=141&t=16573
Parte 2: viewtopic.php?f=141&t=16630
Parte 3: viewtopic.php?f=141&t=16699
Parte 5: viewtopic.php?f=141&t=16799&p=176419

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Capítulo 10 - Companheirismo

Acordei dentro de um carro, sendo levado para algum lugar que desconhecia. Ouvia o ruído do motor bem de leve, aparentando o carro estar com as janelas fechadas. Não me parecia um carro comum pelo barulho, nem um esportivo, menos ainda uma SUV. Estava numa van. E não havia só eu... À medida que fui retomando minha consciência, comecei a ouvir vozes. Parecia-me que eram tais mercenários que haviam me achado e me pegado. Não sabia quem era tal mascarado que me acertou, mas tinha grande força. Minha MP7 havia ficado caída no chão e á essa hora, não estava mais lá. Aliás, precisava saber onde estava. Pensei primeiramente que tais pessoas haviam me desmaiado e me deixado ali para morrer como presunto para os mordedores. Mas percebi que não era bem isso quando senti arramas em minhas mãos e pés; sim, eu estava em cárcere. Abrindo os olhos, não consegui enxergar nada. Tentei dilatar as pupilas para ver se estava ainda sonhando, mas não obtive êxito. Meu nariz, porém, tinha contato com o ar, provavelmente não queriam que eu morresse sufocado. Estava eu dentro de uma van desconhecida, com as mãos e pés amarrados e com a cabeça enfiada em um saco!
Minha boca estava ligada aos fios do saco preto também, porém tentei argumentar qualquer coisa e gritei:

- Eeeeeeeeeeeei! Que palhaçada é essa aqui? Me tirem logo desse saco! – Não teve resposta. Gritei mais ainda:

- Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei! Responda-me, eu sei que tem alguém aqui, posso sentir o carro mexer! – A mesma coisa, nem ao menos um ruído. Comecei então a ouvir alguma coisa no interior do carro como alguém se mexendo, porém sem falar nada. Até que algo me agarrou pelas mãos e me botou de joelho. Abriu a porta e colocou minha cabeça para fora do carro em movimento. Retirou o saco de minha cabeça e assim pude enxergar a rua. Estava em Seattle, era evidente, mas não sabia onde. Então, ainda me segurando, falou:

- Seu pivete lixo, quer calar a boca ou quer virar churrasco de zumbi? Nossa, que sorte, tem uma horda ali na frente! Consegue ver? Era que vai dilacerar você!

- Não, por favor, não faça isso! – Exclamei com medo. – Nessa velocidade você me mataria!

- Mas esse é o intuito meu chapa. Diga-me garoto, quer morrer? Fala logo de uma vez!

- Não, por favor! – E senti o mesmo me puxando de volta para a van, mas antes de conseguir enxergar qualquer coisa, senti um tapa forte em meus dois ouvidos, mas tão fortes que fiquei zonzo na hora. Poucos segundos depois, desmaiei.

4 horas depois...

Acordei num banheiro que não era familiar. Estava atados pela mão á uma barra de uma das cabines do banheiro. Eram aqueles banheiros coletivos, de shopping e mercados, porém muito mais formal e até com cabines para deficientes. Antes mesmo de conseguir olhar em volta, havia um rosto praticamente colado ao meu, que não me era errôneo. Era o tal líder dos mercenários. Um sujeito branco corado, alto, com bíceps definidos e a mostra por uma camisa regata preta. Com colete mais avançado e com mais bolsos, havia uma “dogtag” pendurada. Com uma correia, pendurada pelo pescoço e anexado á uma mira Red Dot, uma AN-94. Na mão, uma Five Seven. Gargalhou com um tom maléfico no timbre:

- Hahahahaha... Pobres coitados, enquanto vocês morrem de medo desses zumbis, nós temos orgulho de quem os criou... Na verdade nós não sabemos quem ou o que foi, mas deveríamos agradecer de joelhos e rezar para tal todos os dias. Agora, me responda com sinceridade. Você acha que pode escapar de minhas garras?
Não me pronunciei. Fiquei observando tal face, que me perseguira aparentemente mais do que os próprios mordedores.

- Sabe, eu previa que você não responderia. É um cachorrinho acudido em um canto, enquanto eu tenho todo o poder sobre mim. Mas vamos ao assunto: sua irmã, bem, ela...

- Maldito! O que você fez com minha irmã! Vou te esganar seu lixo dos infernos!

- Bem, você não pode, porém ela está bem ali... – Disse o mesmo, abrindo a porta e mostrando um carro parado sobre um piso. Um caminhonete velha, nem ao menos uma SUV. Velha mesmo, toda suja de barro Em cima, havia telhado, então eu estava no subterrâneo. Poderia ser um estacionamento, um metrô, um piso de um shopping. Não sabia. Pude ver minha irmã sobre um banco automotivo para bebês, em cima da cabine do carro.

- Não se preocupe garoto, ela está em melhores mãos. Muito melhores. Você era um fraco, não tinha senso de percepção. Qualquer tolo poderia notar que tinha alguém atrás daquela porta. E você ainda tinha uma arma automática e silenciada. Meu deus, porque não atirou antes de ir? E abrir a porta com tudo, é mesmo suicídio. Mas não temas mais. A partir de agora, sua irmã vai ser minha filha. Sim, minha filha! Agora, aproveite os seus divertidos últimos momentos antes de morrer. – E tirou de dentro do carro outro homem, também forte e amarrou-o em outra barra ao lado da minha. Pegou Alice e colocou no banco do carona e trancou-se na caminhonete. O vidro não era fosco, então pude vê-lo pegar uma L11 também no banco do carona, com um monstruoso silenciador. Não tinha notado ainda, mas havia um portão de arame de ferro bem ao fundo, junto de vários cadeados 70mm justapostos em fileiras. Apenas um tiro daquele monstro dos franco-atiradores, desencadeou tudo e pude ver o pavor: uma horda de descerebrados vinha em minha direção; a porta do banheiro estava aberta, completamente aberta.

- Arrivederci! – Falou o líder com um tom sarcástico. Ligou a caminhonete e deu ré. Pude ouvir o barulho de um carro caindo e depois se seguiu um eco ao fundo. Era um túnel, aparentemente. Enquanto o eco ressonava em meu ouvido, a horda se aproximava.

O homem que foi jogado próximo a mim era também alto, porém moreno e muito mais forte que o tal comandante, e usava uma camisa de manga longa com calça e luvas, com cores desérticas. Um traidor do seu grupo, quem sabe? Uma bandana também com cores do deserto acabava o look do homem. Perguntei:

- Quem é você e porque você está aqui comigo?

- Não há tempo para isso garoto, agora me ajude aqui. Com o seu pé eu quero que você levante a perna da minha calça; vai encontrar uma faca de combate. Não me olhe com cara de bobo como se não entendesse o que é. Vamos garoto, vamos! – Segui as ordens do homem e com meu pé, levantei a perna da calça dele.

- Agora tire seu tênis... – Demorei um pouco pois para tirar o tênis sem as mãos é ligeiramente difícil. – Vamos garoto, olhe os zumbis, já estão na metade do caminho para nos matar! – E com força, retirei os sapatos.

- As meias também moleque, anda logo!

- Calma, eu sou só um, não posso me virar em dois!

- Você quer viver ou não? Não responda, cala a boca e tira a droga da meia logo! – Terminei a tarefa depois desse *******. – Agora vamos lá, tá vendo o cabo da faca? Pois bem, quero que você tire a faca da bainha e segure-a entre os dedos. Sua sorte é que o corredor é extenso, senão já estaríamos mortos. Mas sem conversa, faça isso logo!

Enquanto ia ajeitando-me com a faca na ponta dos dedos dos pés, pude ver a horda cada vez mais próxima. Alucinei, não sei o porquê, e vi Natalie, meus pais, e John, todos juntos. Minha mãe carregava Alice, e todos andavam de costas em direção á horda. Até que minha mãe se virou e falou:

- Nik, venha com sua mãe! Me dê a mão! – Quando vi que não daria para alcançar, acordei com um pé chutando minha cara fortemente.

- Ei garoto, *****, acorda! Acorda! A gente vai morrer não tá vendo?

- Desculpe, alucinei.

- Pior hora para isso hein! Vamos logo, agora eu quero que você coloque a faca na entre o meu dedão do pé direito e o segundo dedo.

Comecei a realizar a difícil tarefa, mas acabei deixando a faca cair de primeira e tive que recuperá-la. Tomei o maior ******* de minha vida, e a horda agora já estava muito mais perto. Mais alguns segundos e seriamos devorados. Até que confiantemente, realizei a tarefa e vi o homem com a faca nos pés. Ele se concentrou, fechou os olhos e com um impulso meio desengonçado apenas dos pés, ele pulou e virou-se totalmente, dispondo-se de cabeça para baixo. Com os pés apoiados e contorcidos sobre a mesma barra que o prendia, vi-o transporta a faca do pé para a mão sem deixá-la cair. Dali, virou-a de costas e começou a passá-la sobre a densa corda.

- Vamos cara, meu deus, os zumbis estão quase na porta!

- Calma moleque, você que demorou!

Então, como que por um passo de mágica, o homem caiu dali e se viu livre de uma das mãos. Rapidamente, agora sem fazer um movimento de corte, cortou a outra parte da algema improvisada e correu para a porta. Quando foi fechá-la e trancar, ouvi um mugido muito alto, e um baque sobre uma carne, que pelo barulho me parecia meio oca. Era um zumbi colocando o braço na porta. O homem com muita força, empurrou a porta para trás na tentativa de trancar-nos no banheiro, porém o braço o impedia. Ele era forte e certamente conseguiria o fato, mas se o braço permanecesse ali isso seria impossível. O que ele fez então, foi cortar o braço na porta com a própria faca. Quando cortou ele todo, o zumbi recuou e ele pode trancar a porta.

- Não é sempre que a gente tinha que cortar o braço de um cara preso em uma porta, só nos casos mais extremos, mas o que posso fazer? Agora não são mais caras. Mas uma coisa que eu gosto dos caras “maus”. Eles sempre falam muito antes de puxar o gatilho; ou às vezes nem puxam. Isso nos dá uma vantagem sobre eles, quem eles pensam que não podem fazer nada. – Disse ele, vindo ao meu encontro e cortando minhas amarras – Bom, meu nome é Allen. E o seu?

- Nikolai.

- Descende de povo eslavo?

- Povo eslavo?

- Russo, meu caro...

- Na verdade não, mas eu gosto do nome.

- Seu pai, onde ele está? – Não respondi, mas o encarei com uma cara triste – Certo, mas pode me dizer se ele serviu no Vietnã?

- Não, ele não gostava dessas coisas, nem foi recrutado. Não tinha estatura nem era capaz fisicamente. Minha mãe que contou.

- Não vou perguntar onde está sua mãe também, pois não quero mais fazer burradas. Você já teve alguma experiência com armas?

- Não.

- Bom, nessas circunstâncias isso é meio ruim, mas tudo bem. Nem eu tenho uma arma aqui agora.

- Me diga agora, quem é você.

- Eu só sou um cara que salva sua vida.

- Francamente, te contei sobre sua família e a resposta máxima que você me dá é isso?

- Garoto, não me importune. Estou pensando como a gente vai sair daqui.

Ali ficamos por horas e horas, ele sempre falando alto e eu perguntando do que se tratava. Ele respondia que gostava de pensar alto; dava mais clareza para as coisas. Bom, ele era o primeiro sobrevivente com quem tive contato. E sobrevivente de um humano, na verdade, não de mordedores, assim como eu. Os mordedores cada vez mais faziam pressão na tal porta. Era, pois, preciso sair dali o mais rápido possível. Mas como fazer? Não sabia. Fiquei com sede e me levantei de onde estava sentado, e fui beber um pouco da água da torneira. Quando acabei, fitei-o me olhando com uma expressão de culpado. Ponderei:

- Cara, o que foi? Eu fiz algo de errado?

- Não, não, não, sim, fez, não, não fez, fez, não... Me deixe em paz, deixe-me pensar!

Fiquei assustado com a reação dele, tirando a bandana e revelando alguns cabelos crespos. Colocou-a no lugar de volta e adentrou uma das cabines. O banheiro só continha 3, e ele entrou na da direita. Fechou a porta e ouvi o barulho da tampa do vaso cair, então pude perceber que ele estava sentado, pensando. Ouvi um leve choro pela porta, que se transformou um pouco depois em um grito como de quem estava sufocado. A porta cada vez mais ficava fraca. O homem ficava louco. E eu, ficava sozinho.

De repente o homem sai de lá de dentro, com a cara inchada e um ar de decidido:

- Garoto, quero que você me ajude. Tá vendo aquele cano?

- Sim.

- Então, quero que você me ajude á quebrá-lo. Vamos lá, no 3, você chuta com toda força e concentração que tiver. Pronto?

- Sim.

- 1...

- 2...

- 3! – e um BAM ecoou pela sala. O cano trincara, mas não se partira. – Vamos lá, denovo! – Chutei novamente. – Denovo! – Me impressionei com a rapidez do homem e não chutei. E ele, falando para si mesmo, partiu o cano que estava sem fluxo no meio. Uma barra bem grande de um plástico rígido apareceu na mão dele. A barra era pontiaguda, dando um bom suporte.

- Quero que você fique com a faca; melhor de manusear. O cano deixe para mim, sou um verdadeiro bruto. Mas fiquei sabendo que não me acho assim toda vez, é que quando digo que sei fazer algo, é porque realmente sei. – Disse com um ar triunfante. – Agora garoto, me diga uma coisa, quem era aquela que estava naquela cestinha do carro do grande ******?

- Do líder?

- Líder? Garoto, aquele ali era o maior covarde de todos os tempos. Nunca havia pegado numa arma nem havia servido o exército, e alguns meses antes do apocalipse começou a fazer academia. Nós éramos vizinhos, mas eu não gostava dele. Alguns dias depois do apocalipse, eu e ele roubamos uma delegacia. Mas eu já era do exército e tinha algumas armas em casa. O que aconteceu, é que quando pegamos as armas, ele me deu um tiro perto da clavícula e fugiu dali no carro em que viemos. Ele sabia que eu havia tomado um tiro ali, mas não sabia que vaso ruim não quebra. Se você já tomou um tiro num lugar a um bom tempo, não se preocupe se tomar de novo. Não atravessará. Pois bem, desde aquela data venho caçando-o. Mas em uma emboscada, perdi todo meu regimento.

- Você era do exército?

- Sim, eu estava em missão para resgatar todos os sobreviventes de meu bairro e transportá-los para Seattle, digo, aqui. Mas não tinha muitas armas em casa então precisava daquilo.

- Me diga realmente, quem é você?

- Sgtº Allen Cole da 7ª divisão de mergulhadores da marinha.

- Navy Seal?

- Sim, condecorado.

- Então porque não saiu para seu regimento quando começou o apocalipse?

- Garoto, acabei de falar que eles me mandaram para o meu bairro para resgatar as pessoas. Não havia abrigos além dos das grandes cidades. Se eles ruíram, o governo ruiu junto. Agora é anarquia meu filho.

- Mas havia mais pessoas com você?

- Sim. Meu regimento todo veio atrás de mim e acabei encontrando eles no meio do caminho para Seattle. Porém por causa desse lixo, perdi todos os meus companheiros de guerra. E isso, há poucos momentos...

- Sinto muito, mas e a sua família?

- Moravam em Nova York. Não sei como as coisas estão por lá. Agora chega de papo furado. Me ajude aqui. – Ele me mandou ficar na porta e abri-la lentamente.

Fazíamos isso em conjunto, arrastando um mordedor por vez para dentro dos sanitários. Allen acabava de fazer o resto com seu todo-poderoso cano. Até que um zumbi mais “cheinho” veio, e Allen não conseguiu segurá-lo. O bicho pulou em cima dele como urubu pula em cima de carniça. Sem Allen me ajudando, as coisas se dificultavam. Tive de fechar a porta sozinho para ajuda-lo. Se não fizesse algo, meu único parceiro morreria de forma trágica aos meus olhos. E depois? Depois seria minha vez de morrer. Tranquei-a com as duas trancas fixas e pulei em cima do gordo. Allen bufou por causa do peso de 2 carnes em cima de si, enquanto eu cravava a faca sobre entre a nuca e o começo do cérebro do animal, que agora ficara imóvel.
- Você tá bem cara?! – Disse eu? – Allen revelou um arranhão que me deixou quebrado mentalmente. Se eu havia falhado em proteger meu parceiro, que dirá em proteger minha irmã que ainda nem se move? Olhei-o com uma cara de triste, porém como resposta obtive o maior tapa que já levei, caindo no chão.

- Ai muleque, não é porque eu vou ir dessa pra melhor que você tem que ficar assim. Isso só acontece depois de algumas horas. E se eu tenho medo da morte? Perdi no exército. Todo dia eu podia morrer, então não ligo para isso. Eu sei que reencontrarei meus parceiros lá, isso que importa. Agora deixa eu te falar uma coisa sobre esses zumbis: Se você quer resgatar sua irmã e sobreviver, essa ameaça tem de ser eliminada. Custe o que custar. Eliminada. Entendeu?

- Sim!

- Tá, vire para lá que tenho uma coisa para você...

Virei-me e ouvi o zíper da calça de abrindo. Só o que me faltava, um estuprador em pleno apocalipse? Apunhalei a faca e fiquei esperando para que ele viesse para cima de mim. Mesmo conhecendo sua história, não me importava, mas ninguém me tocaria. Acabou comigo mesmo rindo, quando ele com o zíper fechado me mandou virar-me e me mostrou uma granada.

- Bom, eu guardei aqui porque na hora que fui pego só tinha mais uma, e era o único lugar não visível. Com o pino, você pode jogá-la onde quiser que não explodirá. Mas agora eu vou ter de usá-la. Ouça-me, eu vou sair e quando você ouvir a granada, pegue a faca e saia correndo pelo túnel, ok?

- Não cara, você não pode simplesmente desistir assim!

- Quem disse que eu estou desistindo? Eu já estou morto, mas continuarei vivo em você. Agora você é minha alma. Seja forte, garoto. Não se deixe abater por poucas coisas. E você TEM de salvar sua irmã, fui claro?

- Sim senhor! Muito obrigado por tudo, senhor! – Allen me apresentou sua mão e eu apertei-a vigorosamente. Com um sorriso formal na boca, vi que meu espirito de soldado estava naquele homem. Ele era o que eu desejava ser: forte e determinado, não fraco. Encostei-me na porta e abri devagar a tranca. Os zumbis se aglomeravam mais ainda, porém Allen com um soco que era visível pelo movimento do seu braço, levou alguns para o chão fazendo outros caírem também. Então, ouvi um “click” e ouvi barulhos de carne se retorcendo. Comecei a ouvir gargalhadas, mas de prazer, e então um final:

- Vejo você por aí, pequeno bastardo! Hehehe! – E então as vozes cessaram.

Lembrei-me da granada do dia da casa da autoestrada e corri para uma das cabines. Ali, me encolhi de joelhos atrás do vaso e ouvi um forte “BOOOOM” seguido de uma porta voando e milhares pedaços de carne vindo ao chão do banheiro. Abri a porta e com a faca no bolso, sai dali correndo. Ainda havia alguns zumbis que sobreviveram ao forte impacto. Mas Allen, porém, não pertencia mais àquele mundo. Pude ver que, era realmente uma estação de metrô. Eu estava no subterrâneo de Seattle, sem aparente saída. Os bancos destroçados, um vagão de trem nos trilhos, abandonado e várias lojas com portas arrombadas confirmavam o que eu achava. Corri para o túnel e pulei para a linha férrea, indo em direção á onde o carro havia ido. Vi o rastro dos pneus e a terra que ele deixara fora dos trilhos, senão os pneus estourassem. Continuei correndo por minutos, mas nunca via o fim daquilo. Será que agora, minha vida se resumiria á um túnel de metrô sem fim?

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Capítulo 11 - Merecido Descanso

Continuei caminhando pelo túnel. O peso de Alice nos meus braços sempre esteve presente. Agora ausente me parecia estranho andar com tanta leveza. Senti-a me como um perdedor mais do que nunca, agora. Allen havia morrido por causa de mim. Eu tinha uma arma e não percebi nada de estranho fora do complexo. E o pior de tudo, é que a única tarefa que eu havia desde que o inferno começou que era de proteger minha irmã, não fi-la direito.

Eu não tinha nenhuma lanterna, nenhum equipamento, nem comida. E eu já havia caminhado por horas. O túnel do metrô era longo, tanto é que a viagem em si dentro do vagão já era demorada. Os túneis de Seattle eram verdadeiramente grandes. Continuei caminhando até que encontrei uma pequena porta do lado esquerdo de uma curva. Estava entreaberta. Entrei ali e pude ver que era uma pequena sala de operação que fazia o controle dos vagões que iam e vinham. Ainda havia iluminação ativa, talvez proveniente de galões de gás em algum outro lugar. Ali, um computador, um grande quadro negro embutido com vários suportes para chaves, algumas cadeiras, um rádio de operador e um armário. Abri-o e encontrei uma lanterna mas não de dínamo. Poderia me considerar como o maior perdedor do apocalipse zumbi, mas com certeza não o maior azarado. Sempre que eu estava em necessidade, algo aparecia para me ajudar? Só poderia ser deus. Havia outra porta também, em frente a porta que dava acesso a linha férrea. Não liguei a lanterna e fui abrindo a porta devagar. Um quarto como qualquer outro, porém escuro. Liguei a lanterna com as lâmpadas viradas para trás e lentamente comecei a virá-las. Quando a apontei para a sala, havia mais de 7 mordedores e alguns corpos ali dentro, trancados. Eles? Fazendo uma tremenda carnificina na sala, que já estava manchada de sangue. Não reconheci ninguém de nenhum grupo, mas pude ver 3 deles com fardas. Supõe-se que eles sejam do exército e outros civis, quem sabe? Mas eram vítimas daqueles otários mercenários sem dúvida. Tranquei a porta lentamente mas antes disso, ainda apontando a lanterna, pude ver um dos errantes me olhando nos olhos. Aquilo me devastou. Havia ainda algum traço humano naquilo. Tranquei a porta, e depois de trancar pude ouvir baques e mais baques na porta. Eles queriam devorar-me.

Sai daquela sala e voltei ao metrô. Continuei caminhando com a lanterna desligada, naquele corredor escuro sem fim.

Cerca de 43 minutos depois...

Tinha caminhado bastante, e meus pés estavam em brasas. O tênis já estava quase descolado, e eu não o tirava desde o dia em que tomei banho pela última vez. A meia não mais parecia uma meia, e sim um “pano de barro”. Até que, olhando para frente com os olhos já acostumados com a visão negra e turva, vi uma massa corpulenta e grande pairando sobre os trilhos. Liguei a lanterna no modo de milha e lentamente fiz o mesmo processo: Fui levantando-a devagar. Vi um vagão parado sobre os trilhos. Procurei ir para o lado dos trilhos e apontei a lanterna para longe. Não um vagão, não 2. E sim um comboio todo, com o vagão principal tombado a muitos metros de distância. Desliguei a lanterna e fui andando em direção ao vagão. O mesmo estava com as portas abertas. Era um vagão alto então não pude entrar de imediato. Não carregava nada comigo então coloquei a lanterna na porta e botei as duas mãos no piso do vagão. Impulsionei-me e subi no vagão. Peguei a lanterna e fiz o processo para não ser detectado. O que vi foi a maior carnificina que já havia visto, maior até do que a da porta de alguns minutos atrás, e maior que a carnificina dos complexos. O vagão do trem estava repleto de sangue e pessoas estraçalhadas, desmembradas e até decapitadas. Outras estavam com uma expressão de raiva na cara e havia pedaços de carne entre os dentes e as roupas. Eram zumbis. Exclamei baixinho para mim mesmo: “que diabos aconteceu aqui?”. E continuei entrepassando os corpos. Até crianças não escaparam do assassinato brutal. Haviam bolsas e malas nas cadeiras, porém decidi não abri-las e nem pegá-las. Ali, qualquer cautela era pouca. A chance de um deles me agarrar pelo pé e me cortar ou tirar um pedaço de mim eram altíssimas.

“Passeando” pelos vagões vi cenas horrendas, como uma senhora de idade caída no chão, quase irreconhecível do busto para baixo, porém com os olhos arregalados e uma expressão de terror na cara. Mas até me comovi, como um casal abraçado entre seu filho, com o pai dilacerado pelas costas com um buraco na cabeça, a mãe sem um braço também com um **** na cabeça, e a criança no meio, intacta, mas morta. Provavelmente, eles não queriam viver o que eu estava vivendo. Fui andando em direção á cabina do controlador, para quem sabe pelo menos achar alguma comida. Se tivesse sorte, uma arma, quem sabe? Foi quando percebi que estar ali era suicídio. Não havia nenhum som no vagão todo, a não ser o dos meus passos. Quando uma mão me apertou fortemente pelo pé, quase me puxando para cair. Peguei a lanterna e rapidamente apontei para ela. Não havia sangue corrente; era zumbi. Sem hesitar, comecei a pisar em cima da perna, mas o bicho não me soltava, nem vinha ao meu encontro. O que aconteceu, era que ele estava preso entre outros corpos e algumas ferragens, numa parte onde provavelmente o vagão bateu. Fiquei ali pisando até que pisei nos seus dedos, quebrando-os. Vi-me livre da mão da morte e saltei do vagão, indo em direção á qualquer lugar. Andei muito, e muito, para então ver o vagão do controlador. Se ficasse ali dentro por mais algum tempo eu estaria morto com certeza. E dilacerado.

Continuei a caminhar e comecei a pensar na vida. Sabe quando você liga o “piloto automático humano”? Eu estava mais ou menos nesse estado. Fiquei caminhando e pensando por alguns minutos. Alguns não, muitos até. A estrada parecia-me interminável. E apesar de os vagões e as estações estarem repletas deles, misteriosamente nos trilhos eles se ausentavam. Quem sabe ainda raciocinassem e eles vissem que andar pela linha férrea era certeza de queda? Era tudo muito estranho.

Lá pelas tantas horas, eu já estava realmente cansado de tanto andar. Os olhos pesavam sobre mim, os sapatos estavam quase descolados. Suor escorria pelo meu corpo. Até que em uma curva fechada, comecei a observar um filete de luz. Será que havia alguma fresta para o mundo exterior, causado por algo que eu não sabia? Era impossível uma escalada, mas teria de checar o que era. Aproximando-me da curva, pude começar a ver um pincel de luz perfeito. Mais alguns minutos naquela transição e eu me encontrava dentro de uma estação. Não havia placas para me identificar, e felizmente também não havia ser vivo ali. Ou melhor, morto. Eu era um pobre menino rico, preso num subsolo que eu não sabia onde ficava.

Comecei a observar a estação. Não havia vagões de trem em lugar algum. Na estação, muitos papéis e sacos plásticos abandonados pelo chão. Característica típica de que ali não passava ninguém fazia dias. Havia ainda 5 bancos na estação, dos quais cabiam pelo menos 6 pessoas. 3 pilastras grossas de alvenaria sustentavam o peso de cima, e em cada uma delas havia um painel iluminado de propagandas. Variadas, entre lojas de roupa femininas, comida, lojas de artigos esportivos e parques de diversões. Até um cartaz de um show estava presente numa delas. Ainda havia sanitários dos 2 lados inferiores da estação, e no meio uma porta. Em cima, escrito: “sala de controle”. Provavelmente eu entraria ali o mais cedo possível. A porta era dentro de uma cavidade.

Havia ainda 2 portões similares ao da estação em que fui preso, porém na 2 diagonais da estação, trancados evidentemente pelo mesmo cadeado. Por fim, entre os portões e a sala de controle, havia pequenas janelas de aço, daquelas que correm para cima, e uma outra pequena porta, na cavidade da porta da sala de controle, porém desta vez no lado esquerdo. No lado direito, a mesma coisa. Com dificuldade e sem receio de ser ouvido, chutei a porta até arromba-la. Para minha surpresa, era uma pequena lanchonete de uma rede de lanchonetes famosa, estrangeira. Ela estava com as luzes acesas. Se as luzes estavam acesas, então as estufas... também!

Comecei a revirar a lanchonete que não apresentava indícios de nenhum mordedor. Fui direto á cozinha e ali achei diversos hambúrgueres e outros sanduíches, em pequenas caixas de papel dentro das estufas. Refrigerantes em copos de 500ml, 300ml e 750ml completavam o banquete, guardados na geladeira. Haviam 4 fritadeiras, e em cima uma placa com procedimentos para fritar a batata que já estava cortada. Demorei um pouco para achá-los pois estavam escondidos num armário. Fritei quase o saco todo, e quando estava pronto, peguei uma bandeja e enchi com 3 sanduíches sendo 2 hambúrgueres de carne e 1 de filé de frango, 1 copão de 750ml de guaraná e 2 pacotes extra grandes de batatas. Devorei aquilo com os olhos, até o caminho dos bancos do metrô. Quando cheguei ali, apoiei sobre a mesa e comecei a lentamente abrir as caixas. Aquela visão e aquele cheiro de queijo derretido me fez pirar. Não havia comido bem desde o dia inicial do apocalipse. Em poucos minutos, me enfartei de todas as besteiras que pude. Mas minha fome não cessava. Ainda voltei á lanchonete e numa geladeira ao lado da geladeira dos refrigerantes, achei potes de sorvetes com 400g cada um. Peguei um pote de chocolate e outro de baunilha, e ainda fritei mais batatas, completando 3 pacotes grandes desta vez, e para matar a sede um refrigerante á base de limão 300ml. Quando acabei, pensei que minha barriga iria explodir de tanto comer! Deitei-me ali e esperei por um sinal. Até que ele veio: os movimentos peristálticos do *** para liberação dos gases do refrigerante, para não falar um coisa feia e ser vulgar. Sentei-me ali por alguns instantes, e depois resolvi jogar todas as caixas e copos no lixo. Joguei eles numa lixeira do metrô mesmo, então avistei a outra porta da outra loja. A curiosidade tomou conta de mim e meu enchimento não me preservou daquilo. Lentamente e sem me cansar, fui indo até a porta. Aqueles instantes até ela me pareciam intermináveis, até que consegui alcançá-la. Posicionei-me sobre a porta. Com toda a força, para não me matar, chutei a porta e quando voei para frente, descobri que ela estava entreaberta. Lasquei-me no chão e bati o cotovelo, deixando um vermelhidão extremo ali. Mas o resultado foi até melhor: Achei uma pequena loja de departamentos. Ali, muitas coisas haviam sido saqueadas. Provavelmente, por pessoas no próprio metrô. Lembrei-me daquele vagão que eu avistei a poucos metros dali, estava repleto de sacolas com o emblema da loja. Não achei muita coisa boa; para falar verdade, achei apenas uma coisa boa: Um par de cobertores escondidos entre os armários. Peguei-os e vasculhei a loja mais um pouco, porém não achei mais nada de bom. Sai e fui para os bancos.

Ajustei um dos cobertores num deles e deitei-me. Coloquei o outro em cima de mim para obter um conforto térmico que não sentia fazia algum tempo. Estava olhando para aquele teto rígido e iluminado por um lâmpada extensa branca, quando comecei a pensar na vida. Na verdade, na vida que eu havia perdido. John, meu companheiro de sempre; dos jogos de futebol aos trabalhos mais difíceis. O time que ganhou vários títulos regionais: Frank, Matt, eu, e outros. Meu amor de todos os dias, que sempre me encontrava com um abraço apertado na frente dos meus colegas que ficavam pasmos com nosso afeto. Nat. Sim, Nat. Lembrei-me de seu sorriso e seu rosto, e aquilo me fez sorrir inconscientemente. Aquilo tudo estava perdido. Meus amigos, minha namorada. A vida humana. Agora se resumia á um grande jogo de terror. Onde o humano é morto e devorado. Mas os mais fortes sobreviveriam. Hei de sobreviver; hei de encontrar Alice; hei de escapar das garras daquele líder fanático por morte.

Livrei-me desses pensamentos, mas alguns deles me corroíam por dentro. Decidi esquecer as coisas más e lembrar-me das boas.

6 anos atrás...

- Então galera, meu pai acabou de me comprar um novo videogame. Aquele novo lá, sabem?

- Não velho, desembucha, qual é? – John falou.

- Um tal de Zéks... Zégzós! – Era Mack o dono do novo console.

- Xbox, seu *****! – Lewis dessa vez.

- É, esse ai mesmo! E ai, vamos marcar de um dia a gente ir lá na minha casa e jogar uma partida de futebol?

- Que tal em vez de jogar futebol virtual, a gente não treina pro futebol real? Você sabe que daqui a 2 semanas a gente vai jogar contra o time daqueles moleques da capital né!? Eles são fortes! – Lewis denovo.

- A partida não dura 10 minutos, depois a gente treina na quadra da minha casa mesmo – Mack concluiu.

- Não sei, e o que você acha Nikolai? – John perguntou á ele. Mas Nikolai não ouvira. Seus olhos estavam voltados com toda atenção para um pessoa do outro lado da sala de aula, numa carteira. Uma garota. Assim como ele, disfarçadamente, trocava olhares e sorrisos. John percebeu, e ele já havia percebido que Nikolai estava gostando dela. Mas ele era boa pessoa, e para não mancar com seu amigo, cortou diretamente:

- Tá certo, mas vamos jogar só uma partida cada, entendeu? – E Nikolai ainda não percebeu o foco daquele assunto. Seu foco eram aqueles olhos, aquele rosto...


Nat. Seus olhos me incandesciam por dentro. Era com certeza minha paixão perpétua. Com o pensamento nela, lentamente fui adormecendo para meu merecido descanso, lembrando-me de suas feições...

----------------------------------------------------------------------------------------------------
Capítulo 12 - Inferno Vivo

Acordei envolto aos cobertores. Eles faziam uma espécie de manto que me acaloraram durante a noite toda. A noite toda sonhara com coisas boas e estranhas. Não foram sonhos lúcidos, foram sonhos daquele tipo “gravados”, em que você só assiste.

No primeiro sonho, eu só podia enxergar um clarão imenso. Mal conseguia estender e ver minhas mãos. Dali surge uma figura. Aquela não me dava medo, me mostrava confiança. Deixei-a se aproximar de mim, e reconheci. Era Allen, com a mesma roupa e a mesma bandana, mas dessa vez com um capacete, uma máscara e óculos. Ele olhava para mim, apertava minha mão vigorosamente e atrás dele surge uma grande parede de pedra rústica, na direita, na esquerda e acima de mim também.. Então, de seu coldre, ele tira um revólver e fala:

- Essa ameaça tem de ser eliminada! Custe o que custar. Eliminada. Entendeu?

Ele se virava para a parede e inconscientemente, eu me virava para o lado que a parede não avançou. Ali, via um único mordedor. Eu fazia a pontaria, e atirava uma única bala. No tiro, eu era transportado para outro sonho.

O segundo era mais estranho. O mesmo clarão de sempre, mas ninguém. O mais silencio absoluto. Então, de algum lugar, uma voz ecoava:

- Você colhe o que planta, Nikolai. A força responde a força, guerra gera guerra, e morte só traz morte. Para quebrar este círculo vicioso é preciso fazer mais do que apenas atuar sem qualquer pensamento ou dúvida.

Pareceu-me mais como apenas um conselho, ou uma citação. Não sabia de quem viera. A voz não me era reconhecível, mas com certeza era de um homem. Não tinha o esplendor de uma voz divina. E também não me parecia estar muito longe. Depois disso, á minha frente surgia uma imagem virtual, uma tela imaginária. Ali, passava a imagem de um parque público, alegre. Cheio de crianças brincando, jovens namorando e adultos passeando. Então a imagem começava a mudar, e um cenário cinzento, com as árvores mortas apareceu. Não havia mais ninguém no parque. A cidade estava deserta. Depois disso, pulei para o último sonho.

Esse, a visão era evidente. Estava dentro de um carro, dirigindo velozmente. Olhei para o velocímetro: estava a mais de 150 km/h. No carona, Alice num assento para crianças, daquele que eu carreguei nas costas a alguns dias. O modelo do carro eu não sabia, mas ele era bem estável. Fazia as curvas normalmente á 120 km/h. Até que numa reta, um tiro ecoou e atravessou meu para-brisa. Olhei para trás e vi um comboio, e lógico que era o comboio dos mercenários. Então, antes de um cruzamento, um deles acertou no meu pneu e o carro capotou. A minha visão começou a ficar turva enquanto o carro capotava. Quando parou, ele estava no meio fio do cruzamento. Dali, a estrada fazia ângulos de 90 graus. Haviam 4 entradas.

Então o comboio parava um pouco atrás, e o líder desce. Eles dão meia volta e partem. Agora, tive várias alucinações e minha visão cortou para pontos avançados do sonho, vendo partes cortadas. O líder, entretanto, continuava vindo em minha direção. Minha visão cortou, e quando abri ele estava á poucos passos da porta. Tentei me mexer, mas quando o fiz, pisquei o olho e minha visão cortou novamente. Ele estava com um revólver na mão, e mirava para mim. Pisquei de novo, e ele apareceu na porta do carona, pegando Alice. Tentei me mexer novamente para impedi-lo, mas minha visão cortou novamente. Ele já estava á alguns passos do carro. Cortou novamente, e dali eu via uma mão. Ela estava estendida para mim, e agarrei-a. Então, uma mistura de duas vozes começaram a repetir as duas frases que eu já tinha ouvido nos outros 2 sonhos:

- Você colhe essa ameaça Nikolai para quebrar essa ameaça você custe o que colher gera eliminada... – E as vozes continuavam a falar, embolando uma em cima da outra, sem que eu pudesse distinguir. Mais um corte. Dessa vez, um homem que eu não sabia quem era corria para cima do líder, com minha irmã nos braços. Ele pulava em cima dele, que jogava minha irmã para o lado, porém ela estava protegida pelo assento, ainda presente. Então, tive 2 cortes: no primeiro, o homem tirava um pistola e atirava na cabeça do líder. No momento do tiro, acontecia outro corte, que mostrava o homem dando apenas um soco para desmaia-lo e vindo ao meu encontro com Alice. Quando ele chegou perto do carro, não tive mais cortes na visão. Apenas a mesma mão estendida. Quando agarrei-a, ouvi o choro de Alice e então acordei para a realidade.

Acordando, dirigi-me a lanchonete e ali fiz um breve e curto lanche. Sem coisas leves, comi 1 hambúrguer pequeno com apenas 1 fatia de queijo, especial para café da manhã, tomei café com leite e comi uma fruta. Ali eu não mais poderia ficar, quanto mais tempo passava, Alice poderia estar mais longe. O pior de tudo é que eu não sabia por onde começar. Mas, tentaria pelo menos criar uma saída dali. Fui até a loja, e com a lanterna tentei achar alguma coisa que me servisse. Procurei bastante, e acabei encontrando coisas que poderiam ser-me úteis na minha jornada. Um canivete suíço entrava na lista, assim como uma mochila de acampamento. Procurei mais um pouco, e no depósito achei um alicate de corte, daqueles que usam no exército para cortar cadeados eficientemente e rapidamente. Isso provavelmente seria minha saída.

Fui até a lanchonete e roubei quase todo o estoque de comida, incluindo tudo, mas tudo mesmo. Até sorvetes, que pretendia ser os primeiros á serem consumidos. Refrigerantes, apenas nas latas. Os abertos estragariam.

Sai da lanchonete e fui até o portão da diagonal esquerda. Certifiquei-me que não haviam mordedores no caminho, e com o alicate quase-gigante em mãos, posicionei-o sobre o cadeado. Foi apenas uma leve apertada e o cadeado voou do portão, abrindo-o instantaneamente. Aquilo era muito bom! Antes de sair, coloquei a mochila no chão, abri um dos fechos éclairs. Coloquei a lâmina do alicate para dentro, e suas duas hastes para fora, fazendo com que quando precisa, era só colocar as mãos nas costas e puxar. Quando ele ficou fixo na mochila, coloquei-a nas costas e abri o portão. Enquanto eu subia, ficava pensando no que poderia encontrar lá fora...

Quando estava começando a subir as escadas, notei uma coisa que me intrigou. Havia alguns rastros no chão, rastro de asfalto. Ou melhor, de pneus. Então, antes de ir, segui o rastro, porém no sentido contrário. Eles acabavam no começo do piso do metrô, porém no meio do piso ainda havia alguma evidência. Fui seguindo elas até que achei uma rampa, no extremo esquerdo, perto da linha férrea. Desci a rampa e dei de cara com uma coisa que não havia percebido antes: O carro que o líder estava usando! Aproximei-me dele, mas Alice não estava ali. Nem ele. Porém a caçamba estava aberta e havia uma rampa auxiliadora, como que para descer alguma outra coisa. Mais fina e que passasse por ali... Uma moto, claro! O líder fugiu com Alice numa moto, pela escada. Mas antes de ir, certificou-se de trancar os portões...

Dentro do carro não havia nada que me servisse. Resolvi sair dali e voltar para a superfície.

Nos últimos degraus, um raio de luz começou a penetrar o interior da estação. Fui subindo lentamente, com a mão no rosto para me proteger. Olhei para a rua; deserta. Até pássaros estavam absentes. O céu estava um pouco claro, e o sol batia nos arranha-céus de Seattle. Ou o começo de uma manhã, ou o final de uma tarde. Descobriria logo. O orvalho das plantas de um parque próximo dava no ar um tom mais pesado e úmido, fazendo um frio aconchegante.

A primeira coisa que eu faria era me localizar. Com certeza eu estava próximo de um centro urbano. Os prédios denunciavam esta informação, e a quantidade de carros parados na rua confirmavam minha suposição. Do outro lado da rua, havia outra entrada de uma estação de metrô. Não invadiria prédios nem procuraria por sobreviventes, porém andaria com toda cautela pelas ruas. Aliás, onde estava o grupo daqueles cães e todos os zumbis das ruas? Aquela cidade não estava deserta por algum acaso randômico.

Andando pelas ruas, notei algo que me pareceu interessante, e no mínimo curioso. Um grupo de pássaros, de uma raça que eu não sabia qual era pela altitude que estavam, passava em forma de V sobre o céu. Não um grupo, não dois, mas 5 deles, simultaneamente. E cada minuto que se passava, mais 5 grupos percorriam a mesma trajetória. Então, comecei a ouvir um ruído leve ao fundo da cidade. Que se aproximava cada vez mais rapidamente. E então, subitamente, vi um vulto no céu passando muito rápido, fazendo a queda consequente de todos aqueles pássaros. E segundos após a passagem, vidros dos andares mais elevados dos arranha-céus estavam caindo sobre minha cabeça. Era um caça passando sobre a cidade, quem sabe para vistoriar. Mas não podia admirar nenhuma imagem, pois até não havia o que ser admirado. Afinal, pássaros caindo mortos e vidros cortando-me pela cabeça não eram bons. A estação de metrô estava fora do meu alcance; eu já estava longe. O que encontrei para me abrigar foi um ônibus com as portas abertas. Entrei nele e vi os pedacinhos do vidro caindo. Fazendo estragos em carros, cortando folhas de árvores, quebrando vidros. E os pássaros caindo juntos. Passaram-se por volta de 3 minutos neste mesmo cenário, até que tudo parou. Sai do ônibus e continuei a caminhar.

Se havia caças, ainda havia governo, quem sabe? Pois os mercenários não teriam poder de fogo para tudo aquilo. Quem sabe ainda havia algum refugio de um governo provisório que tentava conter as infestações. Enquanto eles tentavam, pessoas morriam pelo mundo todo. E a Eurásia, as outras Américas, a África, o Novíssimo Mundo? Estariam desse mesmo modo? Que deus tenha piedade deles. Alguns de seus governos eram precários, e o governo nunca daria conta de uma onda de pessoas famintas querendo devorar as outras.

Depois de mais ou menos 20 minutos dos últimos ocorridos, eu ainda andava pelas ruas. Os ruídos começaram novamente, e ouvi explosões em boa parte da cidade. Fumaça saia de todo lugar e contaminava o ar de, agora com certeza, uma manhã que se transformara num inferno. Virando uma esquina, me deparei com uma rua cheia deles. Deles que eu digo, são mordedores. A rua estava toda implacável deles, que na minha vista, correram para cima de mim. Mas a festa deles não durou muito. Correndo na direção oposta deles, como um atleta. Comecei a ouvir um ruído muito mais grave e profundo. Então, uma imensa sombra passou por cima de mim. Eu já estava á alguns metros de vantagem deles, e parei para observar aquilo. Passando lentamente sobre minha cabeça, voava um F-117. Alguns segundos depois de passar, comecei a ver sua comporta de baixo abrir. Dali, um projétil. Corri como nunca, e os zumbis quase me alcançaram. Corri, corri e corri. Quando a bomba estava a poucos metros do chão, fui me esconder numa pilastra de um prédio, que estava perto de onde eu estava. Tapei os ouvidos. BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!

A maior explosão que eu já tinha visto na vida aconteceu. O que era dia, agora me parecia um inferno nuclear. Mas não, a bomba não era nuclear, senão eu já estaria morto. Quando a explosão passou, veio a onda de destroços. Demorou mais ou menos 30 segundos para os destroços passarem e eu poder vera destruição. Metade da rua que antes era de zumbis, agora era de cinzas. Mas alguns deles ainda ficaram inteiros. Aproximei-me de um morto e vi suas evidentes cicatrizes: Era uma bomba Napalm gigante. As queimaduras eram idênticas a da foto de Kim Phuc, que uma vez eu vi em um seminário escolar sobre a Guerra Fria. Então, não tive mais dúvidas: Seattle estava sendo atacada.

Corri para tentar encontrar qualquer abrigo forte, e agora os bombardeiros dominavam o espaço aéreo. Numa rua, não havia mais nada. Noutra, 1 ou 2 zumbis caminhavam sem rumo, ante aos corpos dos “amigos” deles. Foi quando virei uma esquina que tive uma surpresa. Ouvi uma hélice, e quando fui olhar de relance, havia um helicóptero. Um AH-64 Apache, dizimando outra horda do tamanho daquela que foi dizimada pela Napalm. O piloto não tinha piedade, então eu não me arriscaria pedindo ajuda. Além de que Alice ainda estava perdida. Sai dali por outra rua, mas cada vez mais o exército dificultava minha vida. Com os ruídos, mordedores de todos os lugares agora eram atraídos. E eu não poderia enfrenta-los.

De esquina em esquina, mais destroços e mais mordedores se enchendo pelas ruas. O ar gélido e aconchegante, agora era um ar abafado com cheio de explosivos e pólvora. Ainda acabei encontrando outros helicópteros, ouvindo outros bombardeiros passando e bombardeando, e muitos tiros.

Acabou que, em uma das esquinas, ouvi outro som. Um motor á propulsão, com certeza. Olhei e reconheci o avião pelo modo de voo que estava. Era um AV-8B Harrier, de fabricação inglesa, porém comprada pelo meu país. O ruído de seu motor encobria o das hordas que ele dizimava. E ele constantemente girava em torno de seu eixo, para ataca-los. E na rua em frente á que ele pairava, havia uma enorme placa. E uma parede de metal separando-o das ruas. Para dizer a verdade, para mim era um novo complexo. E em cima dessa parede, havia uma placa com um desenho de um cobra no meio de 2 fuzis de assalto. Era o quartel dos mercenários, não havia duvida. Mas com aquele caça ali em modo VTOL, não haveria entrada para o interior de lá. Fiquei observando-o enquanto ele explodia as hordas. Até que começou a disparar mísseis. E a cada explosão, o chão tremia.

Quando todos os zumbis se dizimaram, o piloto começou a levantar voo. Até que se abaixou novamente. Escondi-me na esquina para que não me visse, mas sabia que morreria naquele momento quando ouvi o estrondo de mais mísseis sendo disparados. O que me surpreendeu, no entanto, é que aqueles mísseis não eram para mim. Ele simplesmente derrubou a parede de metal daquele complexo. Ai sim, voltei a observá-lo. Ele ganhou altitude, saiu do modo VTOL e planou com uma velocidade incrível. Enquanto eu ia em direção a tal complexo, uma chama de esperança reacendeu no meu coração. Alice poderia estar ali não?

Olhei para o céu e o ruído do avião daquele piloto desapareceu. Ele havia se tornado mais uma pessoa que, inconscientemente, me ajudou em minha missão de resgate.
Editado pela última vez por Stiglitz em 21/06/2013 16:31, em um total de 6 vezes.

Kazi
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Kazi »

Muito bom. Like

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Sunray »

Este capítulo ficou espetacular, aguardando ao próximo!

LoucurasdoPortal
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por LoucurasdoPortal »

O décimo capítulo ficou MUITO bom! Continue assim que a história está em um bom rumo. Infelizmente, nada de dicas por enquanto - se eu pensar em algo, eu te falo!

BlackHDz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por BlackHDz »

Curti esse capítulo, ficou muito bom.

379Felipe
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por 379Felipe »

Muito bom cara.

To ansioso pelo próximo capítulo :mrgreen:

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

379Felipe escreveu:Muito bom cara.

To ansioso pelo próximo capítulo :mrgreen:
viu que eu consegui implementar sua sugestão né?! valeu!

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

novo cap disponível para leitura!

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Sunray »

Muito bom este capitulo, aguardando o próximo ^^

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

aceito sugestões...

Kazi
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Kazi »

Ótimo capítulo. Cara, faz ele passar por uma prisão do tipo, em que o líder dos mercenários estivesse instalado ali, ficaria legal =D

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

novo cap disponivel!
bom, eu sei que to me prendendo muito ao militarismo, mas prometo que a partir de alguns capitulos proximos, só vai ter zumbis que não quero que o intuito da série escape!
ainda aceitando sugestões...

379Felipe
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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por 379Felipe »

VladTepesIII escreveu:
379Felipe escreveu:Muito bom cara.

To ansioso pelo próximo capítulo :mrgreen:
viu que eu consegui implementar sua sugestão né?! valeu!
Eu vi, ficou bem legal!

Esse capítulo foi muito bom, haha, quem dera eu poder me fartar se limites em uma lanchonete :P

PS.: Quando eu ia responder sobre o Capítulo 11 - Merecido Descanso, tu postou o Capítulo 11 - Inferno Vivo, lol

Os dois estão muito bons, parabéns cara.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Stiglitz »

valeu felipe!

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados - Parte 4

Mensagem por Sunray »

Ficou espetácular este capítulo, aguardando ao próximo!

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