História de minha autoria - Los Desperados - Parte 1

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Stiglitz
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História de minha autoria - Los Desperados - Parte 1

Mensagem por Stiglitz »

bom galera, recentemente venho tendo uma caída para escrever contos, e a partir daí comecei a escrever uma história, dividida em capítulos, sobre um jovem em meio á um apocalipse zumbi fazendo de tudo para proteger sua irmã
Legal, mas o que tem de novidade? zumbi já tá muito batido.
Ai é que vem. Ele não dispõe de nenhum tipo de arma, não sabe lutar nada, nem sabe ao menos dirigir bem. Ele é apenas movido pela fé. Pela fé de que ele não falhara em protegê-la. Ao decorrer da história ele vai aprendendo, mas não é de uma hora pra outra. Se quiserem ler, eu vou disponibilizar aqui embaixo. Lembrando que é o primeiro capítulo, mas já estou escrevendo outros.

P.S: O primeiro capítulo pode ser meio chatinho mesmo, mas eu fiz assim porque não queria contar a história do maluco gastando um capítulo relativo todo. Era muita perda de tempo e quase ninguém ia ler. Então fiquem espertos que no próximo já vai ter mais ação

P.S²: Por favor, a galera que leu pelo menos deixa um comment, porque isso me ajuda a ver que tão gostando e me incentiva a escrever mais.

P.S³: Como o máximo de caracteres é 60000, não vai caber tudo e eu vou colocar em partes, que vão ser postadas aqui.

Parte 2: http://www.cadeogame.com.br/forum/viewt ... 41&t=16630

Mural de atualizações

17/04/2013 17:40 - Primeiro capítulo disponível.
17/04/2013 21:30 - Segundo capítulo disponível.
22/04/2013 18:50 - Terceiro capítulo disponível.
25/04/2013 18:25 - Quarto capítulo disponível. (Parte 2)
29/04/2013 18:45 - Quinto capítulo disponível (Parte 2)
02/05/2013 17:20 - Sexto capítulo disponível (Parte 2)

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Capítulo 1 - O fim de uma era

Eram 3 horas da manhã, uma noite escura e fria de sábado em minha cidade. Nada de anormal acontecia até então, e eu dormia tranquilamente. Meus pais ainda não voltaram, mas não os esperei para me deitar ás 1 da manhã e checar se minha irmã, de seis meses, estava bem. Sabia que eles estavam comemorando seu aniversário de casamento, e decidi não interrompê-los.

16 anos atrás...

– Querido, querido, vem aqui!

– O que foi Lucy?

– Nosso Nikolai falou! Não acredito! Nikolai, fala para o papai!

Nikolai, sentado em sua cadeirinha, olhava para seus pais sem entender metade do que eles diziam, mesmo assim percebeu que estavam felizes por aquilo que ele tinha aprendido há alguns segundos. Resolveu tentar denovo:

– Ma-ma... Mamaa...

– Espere aí, vou pegar a câmera!

Como um furacão, Lincoln trouxe a câmera e ajustou para seu filho, colocando-o no foco.

– Vamos lá campeão, fala para o papai!

– Mamaaaa... Maa-ma... Mamãe!

– Este é com certeza o dia mais feliz de nossas vidas! – Exclamou Lincoln, abraçando seu filho e sua esposa. Aquele dia ficaria marcado para sempre, com toda certeza.


Noite difícil. Acabei acordando duas e meia da manhã. Olhei-me no espelho e não havia nada de diferente em minha aparência, apenas algumas olheiras dentre meus olhos negros e o cabelo, antes liso e com um topete não muito alto, agora estufado. Algo perturbava meu sono. Algo me dizia que tudo estava prestes á mudar. Só não entendia o porquê disso. Meus pais ainda não voltaram. Por mim, era até melhor assim. Recentemente eles haviam brigado muito e uma noite como aquelas era para não se perturbar, nem em casos extremos. Minha irmã começou a chorar. Ótimo. Agora sim que eu não durmo mais. Mas era meu dever, e então esquentei a mamadeira dela e levei até o quarto.

12 anos atrás...

– Chegamos Nikolai, chegamos. Desça do carro.

– Mamãe, para onde a senhora está me levando?

– É aqui onde sua vida começa meu filho, você precisa disso.

Dona Lucy chamou pela inspetora e conduziu seu filho até a sala de aula, onde estavam várias crianças de sua idade. Nikolai estremeceu e caiu nos pés da mãe, chorando para que ela não o deixasse:

– Mamãeee! Por favor não me deixe aqui!

Dona Lucy apenas sorria, quando deu as costas ao filho e saiu andando. Nikolai não entendeu aquilo. Porque ela o abandonaria? Estaria fazendo alguma coisa de errado? Será que é porque não queria tomar a sopa que sua mãe preparava todo final de noite, antes de dormir?

A professora conduziu Nikolai até uma carteira onde ele se sentou. Um menino branco, assim como ele era, porém mais corado, de olhos castanhos e loiro, perguntou:

– Como é seu nome?

A princípio Nikolai não respondeu, apenas encarou o garoto. Depois tomou jeito e olhou para a classe. Respondeu

– Nikolai, e o seu? – ele precisava mostrar o respeito que sua mãe ensinou.

– John.


Olhei para minha irmã deitada, chorando. Embora esses choros nos acordassem no meio da noite, era bom para eu tomar jeito e acabar não fazendo qualquer coisa sem pensar e acabar numa oficina mecânica depois. Quero terminar a escola e fazer uma faculdade, não ser qualquer vagal por aí. Peguei-a no colo e dei-lhe a mamadeira, e no momento ela parou de chorar. Como era linda minha irmã! Dava prazer de olhar para aquele rosto. Tinha certeza de que quando ela crescesse, vou protegê-la á qualquer custo das garras dos moleques assanhados.

7 anos atrás...

– Vamos Nikolai, vamos! Você consegue garoto, acredito em você!

Nikolai olhou para seu técnico, o Srº Dunn, com uma cara estilo “deixa eu fazer meu trabalho, gorducho! Eu sei o que fazer em campo.”

O jogo estava 3 á 2 pro time de fora. O jogo era em casa, eles não poderiam perder, se empatasse, o troféu era deles. Nikolai, o meia atacante do time, estava com a bola na ponta direita do goleiro, sem ninguém para passar, e um chute dali seria perda de tempo; os 2 maiores zagueiros impediam a bola.

– Nikolai, eu, aqui! – Quem falou foi Franklin, o centroavante. Nikolai não pensou duas vezes e cruzou. O goleiro espalmou para o canto deixando a bola nos pés de Franklin. Era o último lance. Tinha de ser agora.

– É tua Frank, o título é nosso!

Isso não serviu muito bem, pois Franklin foi ouvir Matthew, que estava já comemorando alguns metros atrás dele, e um dos zagueiros se adiantou. Franklin chutou de qualquer jeito e a bola bateu no coxa do zagueiro, rodopiou e chegou sem força no gol. O goleiro agarrou e chutou para frente. O juiz apita, fim de jogo.


Estava sonolento, sim. Mal conseguia abrir o olho. Só estava ali, porque afinal era meu dever. De repente, ouço um carro cantando pneu em plena madrugada, na minha rua. O que seria aquilo? Nunca houve um assalto ou qualquer coisa daquelas nas redondezas. Eu estranhei esse fato, sim. Porém deveria ser algum louco na rua, ou alguém disputando um racha. Enfim, saí da janela e voltei aos meus afazeres.

5 anos atrás...

– Cara, essa festa tá espetacular!

– Tá mesmo! Essa foi a melhor ideia que já fizeram até agora. Depois a gente precisa agradecer á Liza, porque isso aqui não acontece todo dia.

– Cara, agora é sério, preciso ir! – concluiu John, olhando para uma das convidadas da festa, a Jane. Era uma menina muito bonita mesmo. John chamou-a e saíram andando. Nikolai ficou ali observando as pessoas na pista de dança, já que ele não sabia dançar muito e tinha vergonha. Nikolai viu John e a menina á distância, saírem do pátio onde estava ocorrendo a festa. Nisso, Natalie apareceu em seu lado. Nikolai era secretamente apaixonado por ela, porém não sabia disfarçar. John já percebera isso há muito tempo, porém não pressionava o amigo, á fim de deixa-lo mais á vontade.

– Nik, será que você pode ir ali na praça comigo? Não é muito longe.

– Por quê? – Nikolai responde, mas com um estremecer nas mãos.

– Queria comprar um sorvete.

– Mas e o sorvete da festa?

– Já acabou... Vamos Nik, por favor!

– Tudo bem.

Nikolai sabia que á essa hora, onze da noite, não haveria nenhuma sorveteria ou carrinho de sorvete aberto. Mesmo assim resolveu segui-la, pois ela era seu amor, sim. Natalie era uma garota de sua mesma idade, alta, branca, seus cabelos eram castanhos escuros e plumosos, seu rosto tinha uma perfeita simetria. Seus olhos eram de um castanho claro, que Nikolai julgava serem de ouro. Natalie repentinamente pegou na mão de Nikolai, e os dois se foram.

Chegando á praça, eles simplesmente viram que não estava nada aberto. Aliás, a praça estava deserta. Nikolai, porém, tinha um sentido de percepção sem igual, e notou seu amigo se esgueirando por trás de uma árvore, em um ponto cego de todos. Nikolai ficou encarando-o, quando ele se aproximou mais e trocou um olhar com ele, dizendo mentalmente “vai fundo garoto, essa é a tua chance”. Após isso ele voltou para o interior da mata. 2 segundos depois, Nikolai ouvira a menina com quem John estava reclamar de sua demora. John, era sim um verdadeiro amigo, que sempre o apoiara. Natalie não notou John. E reinou o silêncio mais profundo na praça. Nikolai, agora sem estar distraído fitou-a nos olhos. Havia algo estranho. As pupilas estavam dilatadas e eles brilhavam. Nikolai sabia que sua hora chegou. Começou a falar:

– Nat, por favor, me ouça bem. – Enquanto falava, ela apenas sorria. – Sei que não há mais sorveterias abertas, então vamos voltar. Tudo bem?

– Tudo... – Falou ela, decepcionada. Antes que ela pudesse reagir de qualquer maneira, Nikolai pegou em suas duas mãos e juntou-as. Começou a falar:

– Nat, já faz algum tempo que eu ando percebendo você, e sinceramente você é diferente de qualquer uma que eu já conheci. Tenho que lhe dizer que... Eu te amo. Te amo como... – Foi interrompido por Natalie, que acabara de colar seus lábios junto aos deles. Nikolai percebeu os lábios dela como nunca, e eles eram macios assim como sua pele. O abraço apertado esquentava-os na noite escura. Nikolai não sentia mais nada, não via nada, não escutava nada. Ele queria viver aquele momento. Ele precisava daquilo. Depois de um longo e caloroso beijo, Natalie encosta seu nariz junto ao dele e conclui, falando e sorrindo:

– Nik, eu também te amo. – E os dois ficaram no meio da praça, abraçados, olhando as estrelas. Para Nikolai, a vida acabara de começar.


Graças a deus, pensei que minha irmã ficaria tomando essa mamadeira para o resto da vida. Vou voltar para a cama, mesmo que amanhã seja sábado. O que é isso, meu deus? Outro racha, mas dessa vez com 8 carros? Não, isso não estava certo. Tentei chamar a polícia, porém a linha estava ocupada. Como a linha da polícia estava ocupada? Cada vez meu coração se apertava mais.

6 meses antes...

– Por favor, Nikolai, queira me acompanhar até a diretoria.

– Cuidado hein, senão teu pai te mata!

– Fica de boa ai Mack. – Nikolai interrompeu seu amigo, e perguntou:

– Posso saber o que houve diretora?

– No caminho te explico.

E eles se foram. A diretora, porém, não cumpriu o que prometeu, ficou calada. Quando chegaram, um telefone esperava Nikolai. Ele estranhou, porém atendeu. Era seu pai:

– Nikolai, pega sua bicicleta e vem aqui no hospital agora!

– Meu deus, o que aconteceu pai?

– Sua mãe deu a luz!

Nikolai não falou com a diretora, apenas mandou abrirem o portão. A diretora assustada perguntou o que havia acontecido se não falasse ele não passaria. Nikolai já montado em sua bicicleta acelerou e respondeu:

– Eu tenho uma irmã!

Nikolai rumou ao hospital, que era 2 quilômetros dali, como se estivesse sendo perseguido numa maratona. Engatou a 3ª coroa com a última catraca e em menos de 15 minutos estava lá. Seu pai, aflito, abraçou o filho. Lá ficaram por mais de duas horas esperando, até que foram chamados á sala de visitas, onde Nikolai pode ver sua irmã. Perguntou:

– Pai, qual vai ser o nome dela?

– Alice. ALICE!


E no frio da noite, comecei a ouvir alguns grunhidos. Sim, grunhidos, mas não de qualquer animal que já pude ouvir. E mais e mais carros passavam. Quando ouvi alguém chutando a porta de minha casa. Não aguentaria mais. Peguei uma faca bem afiada em minha cozinha e abri a porta, disposto á liquidar qualquer garoto espertinho que esteja me pirraçando. Quando abri, tive uma surpresa. Uma figura humana, desfigurada, com dentes podres e com olhos totalmente brancos, recoberta de sangue. Naquele momento, eu renascera.

7 horas atrás...

– E o jornal da noite fica por aqui, você poderá ver todas essas notícias e a cobertura da grande epidemia pelo nosso site. Uma noite á todos e até amanhã.

Nikolai não conseguia acreditar, mas teria. Outra epidemia? Já não bastava a gripe suína de 2011? O melhor a fazer era esquecer e continuar vivendo. E foi o que ele fez. Ele se deitou em sua cama, pensando nas milhares de pessoas que viriam á morrer, como na outra epidemia. E se fosse uma pandemia? Ai sim, ele ficaria preocupado. Afinal, é triste ver essas cenas hoje em dia. Contudo, a medicina se esforçava para contê-la, isso o deixava mais animado.


Larguei a faca, aterrorizado. Nunca tinha visto tal figura, nem sabia se tal existia. A criatura me fitou com olhares que não pude identificar, mas percebi uma aproximação maligna. Foi quando acordei de tudo. A criatura pulara em cima de mim, porém antes dela tentar qualquer coisa, o Sr. Marcus Reed, meu vizinho, apareceu com sua espingarda de caça e liquidou a criatura. Antes de qualquer coisa que eu pude pronunciar, ele disse:

– Nikolai, pegue sua irmã e dê o fora daqui! Isso é uma ordem garoto! Vamos, vamos!

– O que está acontecendo senhor Reed?

– Não me pergunte, você já vai saber, apenas pegue sua irmã e saia daqui, e procure abrigo não perto daqui!

– Mas e meus pais?!

– Esqueça-os, sinto muito mais é muito provável que eles já não estejam entre nós. AGORA VÁ!

O que seria aquilo meu deus? O que ele queria dizer com meus pais estarem mortos? E o que me atacou? Porque ele matou aquele homem indefeso? Ou seria uma criatura demoníaca prestes a me matar? Eu simplesmente não sabia. Minha cabeça se enchia de dúvidas. Apenas o que fiz foi passar em meu quarto para pegar meu celular, peguei minha irmã, peguei seu banquinho de carro e uma roupa de frio para ela e a chave do carro e da garagem. Antes de sair do quarto de meus pais, porém, uma explosão na rua acabara de ocorrer. Vi que o inferno estava instalado em minha rua, literalmente. Aquelas criaturas, atacando senhoras e crianças, pessoas indefesas. Casas pegando fogo, pessoas atirando uma nas outras e carros derrapando e capotando. Senti medo. Do que? Não sabia. Mas sabia que ali não poderia continuar. Rapidamente desci as escadas e fui á garagem, que tinha acesso de dentro de casa. Não sabia dirigir, mas tinha uma noção básica. Liguei o carro e engatei a marcha. Antes que pudesse abrir a garagem, pisei no acelerador sem querer, arrancando o portão. E lá me fui. De cara, atropelei uma daquelas criaturas, não havia outro jeito. Antes de virar a esquina, olhei para o Sr. Reed, que estava ajudando pessoas á fugirem. Foi quando o vi, atirando em alguns daqueles mordedores. Distraí-me e quase bati em um deles. Quando retomei a consciência, olhei de novo e não vi mais o Sr. Reed, apenas vi um amontoado de pessoas em cima dele. Fui andando por cada rua até perceber que o mundo já não era como antes. Tentei ligar para meus pais, pois agora não faria mais sentido me privar disso. E então, um carro desgovernado entrou em minha faixa á 130 mph. Simplesmente tentei desviar, mas não deu certo. Capotei.

3 horas depois...

Onde estou? Pensava. Olhei para o carro e não me lembrava de nada. Foi quando minha irmã chorou e me lembrei de tudo o que havia passado. Graças a deus, minha irmã estava bem. Eu morreria se algo acontecesse á ela. Tentei abrir a porta e sair dali; sem êxito. Minha perna estava emperrada entre os pedais. Foi quando ouvi outro grunhido. Rezei muito, embora eu não seja muito fiel, que ela passasse despercebida. Mas não, eu me cortei com o impacto e havia sangue. Ela rumava em nossa direção. Foi quando não pensei duas vezes. Bati com a cabeça na porta, fazendo-a rolar para trás e puxei minha perna com tudo, fazendo um enorme rasgo que queimava na alma. Gritei sim, mas não por muito tempo. A criatura ficava mais e mais perto. Apenas abri a porta do banco de trás que por sorte não estava emperrada e peguei minha irmã no colo com sua roupinha. Avistei uma casa e corri para dentro dela, sem olhar para trás. A rua estava infestada daquelas criaturas, que quando me avistaram, saíram atrás de mim, porém lentamente. Não bati na porta da casa, entrei sem hesitar. Coloquei minha irmã no sofá e Fechei a porta, reforçando-a com todos os móveis presentes. A casa tinha venezianas, então eles não passariam por lá. Quando acabei, tomei um susto. Havia um deles dentro da casa, que me segurou pelo braço abrindo a boca para morder. Pensei que era meu fim, mas não. Estava de jaqueta de couro, pois vesti uma antes de sair, senão morreria de frio. Os dentes podres da criatura não atravessaram o tecido, porém doeram como um tiro. Peguei uma estaca de madeira que estava á meu alcance, quebrada de um piano que coloquei na porta e bati na face da criatura com ela. Ela cambaleou e caiu, em dando um curto espaço para tentar me esconder. Aquela cena me doeu e eu fiquei paralisado. O que estava acontecendo com o mundo? Precisava descobrir. Mas antes, eu me certificaria da minha irmã. Tranquei-me no porão da casa. Minha irmã, nesse instante, começou a chorar. O porão tinha janelas, pequenas, que davam para a rua, da onde pude ver centenas, senão milhares daquelas coisas. Tinha de fazê-la parar. Mas como? Sem mamadeiras, seria impossível. Achei uma fita, daquelas cinzas, bem fortes. Não tive alternativa. Delicadamente, envolvi sua boca nessa fita, fazendo-a parar de chorar. Por fim, sussurrei:

– Alice, não sei o que está acontecendo, realmente não sei. Não sei se nossos pais ainda vivem, se ainda poderemos viver amanhã. Mas uma coisa eu te garanto. Até o dia de minha morte, eu a protegerei, como nunca fiz em minha vida.

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Capítulo 2 - A corrida pela salvação

Já se passava mais de meia hora que eu estava ali, e nada melhorava. Dormir, era fora de cogitação. Precisava encontrar um jeito de tirar minha irmã dali a salvo, mas como? A criatura que eu derrubara poucos segundos atrás estava batendo muito na porta; sabia que eu estava ali. Sabia disso, aliás, por causa de meu ferimento. Por um momento meu instinto protetor havia falado mais alto e eu me esqueci desse detalhe.

Minha perna não doeu mais, porém começou de novo quando percebi o ferimento mais uma vez. Levantei a uma das pernas da calça para vê-lo. A dor que senti, agora, foi excepcional. Simplesmente o sangue havia grudado no tecido da calça, fazendo-me retirar mais algumas camadas de pele. Contive-me para não gritar de dor, se o fizesse os mordedores lá fora ficariam alertas e iriam à janela do porão que dava acesso á rua, a qual era minha única escapatória. Bem, eu precisava formular um plano. Mas primeiro eu cuidaria de meu ferimento. Olhei ao redor do porão que tinha algumas estantes, perto da mesa onde deixei minha irmã. Havia algumas caixas de algodão e álcool. Só de ver a garrafa com aquela substância química, pude ver minha pele se arrepiando. Mas, o que devia ser feito, teria de ser feito. Contudo, se eu não fizesse, acabaria com uma infecção e poderia morrer logo, coisa que não queria. Não porque queria viver mais, já que se o mundo estivesse acabado qual seria a razão de viver? Mas sim, porque precisava proteger minha irmã. Por ela, faria tudo. Decidi não esperar mais um segundo. Olhei a hora, antes disso. Eram 6 horas da manhã. Ainda estava noite, mas já podia se notar um leve tom de azul no céu. A bateria do meu celular estava em 44%. Desliguei-o, para poupar. Mais tarde voltaria a ligar para saber o que diabos estava acontecendo no mundo. E então, comecei a retirar minha calça de pijama. Fiquei só de cuecas na sala. Então me sentei e comecei a sentir o ferimento. Para minha sorte, o rasgo não foi profundo, porém abrangia grande parte da panturrilha. O sangue já estava coagulado, porém quando fui verificar pela primeira vez acabei abrindo-o de novo. Agora sim, era a hora. Antes de passar álcool, peguei um grande pedaço da fita e coloquei e m minha boca. Gritar, agora era inevitável. Por isso, tinha de me precaver. Então abri a garrafa, e de olhos fechados, joguei o líquido sobre o ferimento. Céus, aquela dor era insuportável! Sentia minha pele borbulhando, como se cada bactéria ali estivesse morrendo agonizando. Por um momento, de tanta dor que sentira, meus olhos começaram a ficar negros. Não olhava mais que um palmo de distância. Comecei a bater com a mão em minha face, para tentar amenizar. Sim, minha pressão estava baixando e eu iria desmaiar. Isso ficou evidente assim que comecei a ouvir um chiado bem agudo. Fiquei recostado na mesa, até que olhei para minha irmã, que dormia. Fiquei olhando-a, até que por um passe de momento me recompus. E nisso veio a dor. Gritei, gritei e gritei. Gritei muito, como se não estivesse ligando se os mordedores ouvissem. Mas a fita era boa; não se desprendeu. Isso, realmente aliviou e muito minha dor. Depois disso, me limpei com o algodão que achei e improvisei uma gaze, fechando-a com a fita.

Depois parei um pouco para pensar. O que eu faria agora? Lembrei-me da janela. Eu precisava dar o fora dali, e era logo. Não sabia se a barricada da porta aguentaria, e para completar, havia um deles dentro da casa. Fui á janela e espreitei a rua. Consegui ver muitos pés por lá. E com certeza não eram de pessoas. Durante a noite pude ouvir alguns tiros e gritos, mas nenhum por perto. Então, sair ainda estava fora de cogitação. Resolvi voltar a ligar meu celular. A bateria ainda estava com uma boa carga, o suficiente para algumas horas sem processos pesados. Foi então que meu coração se apertou: não falei com meus pais fazia mais de 12 horas. Não sabia o que acontecia, nem se eles estavam bem. Foi a primeira coisa que eu fiz. Liguei para meus pais. 1, 2, 3 vezes. Todas sem êxito. A cada vez que eu ligava, ficava mais aflito. E foram todas em vão. Até que parei de ligar, senão a bateria acabaria. Foi quando comecei a chorar baixinho, para ninguém ouvir. Eu merecia tudo aquilo? Nunca fui de mexer com drogas ou bater nos outros. Porque, então, estava tudo aquilo acontecendo? Não tinha uma resposta plausível. Aliás, não tinha quem me desse tal resposta. Depois de alguns minutos me recompus. Quando me veio a ideia de ligar para amigos. Liguei para quase todos: John, Mack, Frank... Nenhum me retornou. Natalie... Tinha esquecido a minha própria namorada! Liguei para ela também. Sem êxito. Meu deus, será que todos os meus amigos, até minha namorada haviam morrido na tal infecção? Sim, era bem provável que sim. O mundo estava em ruínas, isso em menos de 12 horas... Eu precisava descobrir o que diabos realmente estava acontecendo. Lembrei-me que alguns dias antes eu havia posto créditos em meu celular. Liguei a internet e acessei meu aplicativo de notícias. Lá, pude ver notícias como “Infecção já é global”, “Metade da população mundial já perdida”, “Países em completa anarquia; governos arruinados”. Então era isso: o mundo que conhecíamos estava acabado. E sem governo. Decidi checar uma das notícias. Nela, constava que tais criaturas eram na verdade os famosos zumbis, porém agora não era mais ficção. Era real. E eles estavam á solta. No fim da página, havia um link externo redirecionando para um blog. Antes de olhar o link, pensei. Refleti muito sobre o que tinha lido, e a princípio não acreditei. Mas, porque não acreditaria? Eu já tinha vivido e visto aquelas coisas. Lembrei-me também da notícia sobre a população mundial. Como, em 12 horas, metade dos humanos foram erradicados da face da terra? Meu deus, isso era terrível. Era o dia do julgamento, em que ficaríamos vivendo como baratas, num real purgatório. Será que o resto da minha vida, seria esse inferno? Eu não tinha certeza. Mas eu não desistiria.

Depois de longos minutos refletindo, abri o link. O blog, com certeza era de algum fanático por destruição do mundo ou parecido. Constava que o vírus ou a bactéria entrava no corpo da pessoa, e a matava. Depois de algum tempo, ela era reanimada sem sinais vitais, apenas com a parte ativa cerebral da fome e da locomoção. E eles não comiam vegetais. Por fim, falava que a única maneira de mandá-los de volta para de onde vieram, era danificando permanentemente o cérebro; a única parte ativa.

– Mentira! – Exclamei para si mesmo. Como uma pessoa se moveria se seus músculos após a morte ficam rígidos? E como os órgãos delas, ficariam ativos para digerir a carne, se os próprios órgãos se auto decompõem? E, porque seu coração não batia de novo? Aquilo não tinha nenhum nexo. Mas era preciso acreditar. Porque era real. Isso explicava o movimento estranho de tais. Resolvi entrar no meu Facebook. Antes, média de 300 amigos no bate-papo. Agora? 15. Total, sem média. Nenhum que eu conhecia. Olhei as postagens, e a maioria falava de um centro de refugiados do governo, em Seattle. Seattle? Não era longe de onde eu morava, Tacoma. Minha sorte é que eu morava em uma parte mais afastada do centro. Morava, sim, pois não há sentido ficar mais lá e ser devorado. Precisava chegar até lá. Mas antes, precisava sair dali a salvo. O mordedor da porta do porão ainda estava vivo e batendo incansavelmente. Tentei achar alguma arma, mais nada. A única coisa que achei foi um rastelo. Para acessar o porão, havia um par de degraus. Se eu me posicionasse na frente da escada e abrisse a porta, o zumbi cairia e poderia matá-lo. Sim, era isso que eu faria. Porém como abrir a porta sem ser pego? Primeiro, retirei a barricada. Por fim, destranquei e abri ligeiramente e pulei os 2 degraus. O zumbi veio com tudo, e como previsto caiu. Como não seria fácil para o coitado se levantar, apenas terminei a minha tarefa. Meu primeiro zumbi. De certa forma, senti alívio e medo.

O que faria agora? Com a rua infestada, seria suicídio sair. Procurei na casa qualquer coisa que me ajudasse. A casa, embora pequena, tinha dois andares. Uma sala, ao lado a cozinha e em cima 2 quartos e 1 banheiro. Casa de família, sim. Comecei pela cozinha e achei alguns biscoitos e uma lata de refrigerante. Abri aquilo tudo e devorei muito rapidamente. Passei quase 12 horas sem comer, e não me lembrei disso. Só fui perceber quando olhei para aqueles armários. E Alice? Precisava achar alguma coisa para ela. Minha mãe havia dito que o leite materno era mais importante, porém ela já era muito bem nutrida e se sustentaria com leites alternativos. Vasculhei todos os armários e separei alguns alimentos não perecíveis como biscoitos. Precisaria deles, muito, já que um supermercado não estava acessível. Foi quando achei 3 latas daqueles leites em pó para criança, com quase todos os nutrientes que ela precisava. Ótimo! Porém, não achei nenhuma mamadeira. Tive que improvisar com uma garrafa de água 500ml vazia e um funil que encontrei. O líquido estava pronto. Mas não poderia dar gelado. O que fiz? Havia uma fresta na parede, provavelmente quebrada por aquele zumbi de dentro da casa. Por ali passa uma quantidade de raios de sol razoável, já que o dia já raiava. Fiquei com a mão ali por mais ou menos 20 minutos, até que o leite ficou razoavelmente quente. Desci e retirei a mordaça que estava nela, e aos poucos fui despejando o liquido para que ela não se engasgasse. Depois que tomou tudo, começou a chorar. Não sabia se era de frio ou outra coisa. Não tive outro jeito, de novo. Peguei outro pedaço da fita e amordacei-a. Por fim, achei uma caixa vazia. Iria sair dali, porém antes disso precisaria fazer algumas coisas na rua. Repousei-a sobre a caixa e deixei semiaberta, para que respirasse. Fiz uma barricada com o que sobrara da última no porão e coloquei o rastelo e outro que eu achara, apontando para frente, fazendo um ângulo de 90 graus. Qualquer zumbi que se aproximasse ficaria preso, Pois o rastelo estava seguro por alguns pedaços da tal fita, que já estava no final e presa às teclas ao piano. Agora, checaria o resto da casa em busca de algo que me ajudasse. Olhei na sala de estar. Nada, apenas os controles remotos. Na estante da TV, revistas. Peguei algumas, para ler enquanto passava o tempo. E para ensinar minha irmã também, quando crescesse. Notei também um porta retrato com uma foto de uma família muito bonita. Perfeita, sorrindo, felizes com a vida. Agora, provavelmente mortos. A casa fora deixada revirada na parte de cima. Roupas e mais roupas fora dos guarda roupas, sem qualquer produto de limpeza. Procurei em armários e achei uma lanterna carregável á dínamo. Perfeito. Sem pilha, usaria em todo lugar. Por fim, fui ao maior quarto que tinha uma cama de casal. Lá, encontrei escondido atrás de alguns cabides uma mochila de viagem.

Uma ideia veio a minha cabeça. E para mim, seria perfeita. Se eu colocasse o banquinho do carro acoplado na mochila, poderia andar com a minha irmã sem ter de carregá-la no colo e minhas mãos ficariam livres. Não sei se funcionaria, aliás, não sabia se o banquinho ainda estava inteiro depois do acidente. Mais teria de tentar.

Aproximei-me da janela, uma das poucas que não havia nenhum som aparente de zumbis. E fui lentamente abrindo a veneziana. Quando, de repente.

GAAAAAH!

Um zumbi me agarra pelo braço e tenta me morder. Eu ainda estava com a jaqueta para a minha sorte, e não fui arranhado. Porém, mais uma mordida e atravessaria o couro, com certeza. Então pensei rápido. Fechei a veneziana no braço do zumbi. Ele não parou, então tive que ficar batendo com a veneziana em seu braço. Depois de sucessivas batidas, ouvi um “Crec”, e o braço do zumbi me pareceu torto. Mas o diabo continuava lá. Precisei continuar batendo até que uma parte do braço caiu na sala e pude fechar a veneziana. Estranho. Como zumbi, eles adquirem muita força, realmente, pois tentei tirar os seus dedos de cima do meu braço e não tive êxito. Teria de abrir de novo, pois não vi o carro, e na noite anterior, eu não prestei atenção nisto. Abri agora uma frestinha, que eu pude ver apenas uma das rodas. Julgando pela distância medindo do asfalto, daria mais ou menos 200 metros. Okay, não seria muito difícil, pois eu corria bastante nos treinos para os campeonatos regionais. Agora, por onde sairia? Porão. A única saída plausível. Fui até o porão, porém antes de pular a pequena janela, na qual eu passaria deitado, procurei alguma coisa. Achei um martelo e peguei-o. Antes de sair, verifiquei minha irmã e dei-lhe um beijo na testa:

– O irmão já vai estar de volta. Eu te amo.

E fui-me. Na rua, os zumbis estavam dispersos, e para minha sorte a entrada da casa, no meio, era distante da janela do porão, que ficava na lateral esquerda. Contornei a casa por fora e me escondi em pequenos arbustos que haviam por ali. A casa era tinha até um bom ponto estratégico. Atrás dela, havia uma floresta, na qual passei despercebido por todos eles até chegar ao carro que estava capotado quase no meio da pista. Quando cheguei, olhei para a casa. Não havia muitos zumbis no caminho. Então, comecei a retirada. O banco não estava muito danificado; apenas uma das hastes estava torta. Então serviria. Porém, para meu azar, uma delas estava presa entre as ferragens. Tive que martelar. Martelei, martelei, martelei. Sem êxito. Quando ouvi um grunhido. Era um deles, mas não estava atrás nem na frente. De onde viria? Decidi acabar meu trabalho rápido e sair dali. Martelei de novo, desta vez com mais força. E continuei. Até que a ferragem soltou o banquinho. E quando saio das ferragens do carro e olho de volta a floresta, me deparo com uma horda. Nessa hora, para confessar, eu vi a morte estampada em minha face. Mais de 50 deles. Fiquei paralisado, até que me convenci de que olhar a morte não era uma alternativa. A morte era um saída para os fracos. Então, saí correndo, pela rua mesmo. Como já devem saber quase todos os zumbis da rua me notaram, porém continuei sempre desviando. Até que cheguei á lateral da casa. Se eu entrasse ali, com certeza eles ficariam ali para sempre bloqueando minha passagem. E eu já fitava a minha saída. Um carro parado no outro lado da rua. Para distraí-los, antes de entrar na janela, joguei o martelo no vidro de outro carro, que começou a soar o alarme. Então me joguei para dentro da janela. Eu estava a salvo e tinha conseguido o que queria! E como pensado, quase todos eles foram para lá, até os da horda. Então o caminho estava literalmente livre. A hora era chegada. Voltei para a sala e acoplei ao mochilão de uma maneira que o carrinho não caísse no chão, reforçando com a fita milagrosa. Agora, acabada. Testei com Alice já no banquinho e deu certo. Retirei-a e enchi a mochila de tudo que achei na casa e comecei a desfazer a barricada. Desfeita, abri a porta lentamente. Nenhum. Simplesmente desci as escadas e comecei a correr. Nessa hora, uma surpresa. Um deles havia me notado e bateu na minha mochila, fazendo a cadeirinha de Alice cair comigo junto. A raiva tomou conta de mim, e por um impulso me levantei do chão e soquei a cara do desgraçado com toda a força que tinha, fazendo pender para o lado. Sem perder tempo peguei o banquinho na própria mão e saí correndo. Nisso, todos eles me notaram. E eu só tinha que correr. Corri, corri, corri. Como nunca em minha vida. Continuei correndo. Meu deus, e eles não paravam de vir. A cada esquina que eu percorria, eram mais e mais. Passei pelo shopping La Plage, pelo hospital, por vários lugares. Mais de 1 hora sem parar. E de onde eu tirei toda essa força? A cada vez que uma horda vinha, olhava para minha irmã. Ela era minha motivação. Até que encontrei um beco. Livre deles. Entrei sem hesitar. Alguns me seguiram, porém o beco seguia á outro beco, dessa vez sem saída. E minha salvação havia chegado. Uma lata de lixo, daquelas de restaurantes, grandes. Corri mais rápido ainda e abri a lata. Coloquei o banquinho de Alice e me joguei lá, fechando calmamente e tampando a boca de Alice, que começara a chorar. Isso me doía muito, ter que tratá-la assim. Mas era necessário, senão nós 2 morreríamos á mingua. Ouvi os grunhidos passando pelo beco, até todos cessarem, e lá, reinou o mais completo silêncio. Eu havia sobrevivido.

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Capítulo 3 - Condenados

Deixei meus ânimos e músculos se acalmarem para pensar no que faria agora. Estava em meio á uma pilha de lixo, que até então não fedia á nada. Então, quando meu coração começou a bater fraco, percebi o horrível cheiro daquilo. Quase cheguei a ponto de vomitar, porém me segurei. Não sabia se estava seguro para ir fora, mesmo que não houvesse mais nenhum grunhido, e como estava com fome, resolvi comer ali mesmo. Seria difícil, sim, mas não impossível. Liguei a lanterna e comecei a abrir a mochila. Foi quando Alice começou a chorar. Peguei a no colo e comecei a cantar a “clássica” música de nanar:

- Nana, neném, que a cuca vai pegar...

Enquanto cantava e a balançava carinhosamente, fui vendo o que havia dentro da sacola. Achei um pacote de bolachas com recheio, e fiquei fitando-o, até Alice para de chorar e dormir. Provavelmente minha princesinha estava com fome, mas não podia fazer-lhe nada ainda; ela não comeria os alimentos que eu dispunha. Abri o pacote de bolachas e comi algumas, apenas para realmente matar a fome, não para ficar cheio. Racionar comida, agora era essencial, para não fazer visitas aos supermercados frequentemente. Tomei um gole d’água de uma garrafa que achei na casa e parei um pouco. Decidi refletir tudo que já havia acontecido. Desde que tudo começou, passaram-se mais ou menos 1 dia e meio se não me engano. E eu estava morto de cansado. Decidi tirar alguns minutos de soneca. Sim... Alguns minutos...

14 horas depois...

Acordei... Finalmente... Meu deus, que horas são? Liguei meu celular para checar, já que era a única forma de saber. 6 e 30 da tarde. Meu deus, não! Como sairia dali agora? E Alice me acordou, chorando. Mesmo sonolento, peguei-a no colo de novo e cantei a música. Depois de alguns minutos (sim, ela estava muito mais aflita), ela parou. Ela estava sim com fome, então peguei um pouco do leite e fui despejando em sua boca, porém em minúsculas quantidades. Quando vi que estava satisfeita, parei. Nisso, abri a porta da lata de lixo, e olhei para o céu. Noite. Ótimo. Teria que passar outra ali mesmo. Peguei meu celular e tentei encontrar alguma rede sem fio. Sem êxito. Liguei-me a rede móvel, e para minha surpresa... Triiiiim! Uma nova mensagem!

Sem hesitar, abri a mensagem. Era de Nat. Meu deus, ela ainda estava viva? A mensagem dizia: “Nik, não sei se você ainda está vivo, se pode ler esta mensagem, se você está aqui na cidade ainda, se foi para o centro de refugiados de Seattle. A única coisa que eu quero que saiba é que eu te amo muito e sempre vou te amar! Qualquer coisa que aconteça comigo, eu ainda te amarei. Cuide-se Nik, e muito bem! Do amor da sua vida.”

Isso reacendeu uma chama em meu coração. Aquela mesma que aparecia nos momentos mais íntimos com ela. E nisso, eu tive uma esperança. Esperança de que, algo ainda daria certo. Foi quando ouvi tiros. Tiros? Sim, tiros! Eu era um pacifista, nunca gostei de armas. Mas tiros naquelas circunstâncias eram ótimos. E meu instinto humano falou mais alto ao do protetor. Peguei a cadeirinha de Alice e a mochila e saí do beco sem saída, voltando ao beco dos mordedores. Agora, sem eles, todos atraídos pelos tiros. Fui me esgueirando até a esquina do beco, onde puder ver 12 homens fortemente armados em cima de jeeps e caminhonetes, de fuzis automáticos e rifles com lunetas, aniquilando alguns dos demônios. E eles não paravam de atirar. Quando se acabou os tiros e eles estavam se recolhendo, me precipitei e quase fui ao encontro deles, só não o fiz, pois vi um casal e duas crianças, uma de meia idade e uma que eu julgava ter 5 anos no máximo, saírem de uma moita e se aproximarem do carro. Gritaram com alegria e perseverança, pedindo por salvação. O maior de todos, que se parecia com aqueles gladiadores romanos falou para ficarem onde estavam e que levantassem as mãos. A família assentiu, e os mesmos fizeram. O brutamontes perguntou se eles tinham armas, e quando disseram que não, ele simplesmente pegou sua M240 e assassinou todos eles, inclusive as crianças. Quando vi a cena, minhas pernas tremeram e eu caí. Notei que um deles percebeu o barulho feito por mim, mas eu já estava nas sombras e por lá ficaria. Da sombra, observei todo o movimento. O brutamontes desceu da caminhonete e foi aos corpos, brutalmente sem vida. Chutou todos eles, para se certificar de que morreram. Quando teve certeza, mandou todos subirem e falou:

- Vamos rodar, antes que mais deles venham. Quero economizar balas.

E pouco a pouco os carros foram sumindo na nebulosa noite. Meu deus, eu ainda pensava o que estava acontecendo. Não era mais fácil ajudar aquela família pobre e indefesa? Porque ele matara todos eles? Aproximei-me dos corpos e olhei para cada um. Todos eles morreram sorrindo, como se esperassem algo bom. E agora, estavam no paraíso. Um sentimento de raiva tomou conta de mim, assim como de angústia e pena. Mas eu teria de sair dali, os mordedores seriam atraídos. Porém antes disso, voltei ao beco e coloquei Alice do lado da lata de lixo, e voltei á rua. Antes que qualquer mordedor pudesse me achar, arrastei os 4 corpos e coloquei-os na lata de lixo com cuidando, um abraçando o outro., para que nenhuma ***** alcançasse-os e devorassem sua carne. Não podia os enterrar, mas sentia que aquilo, que era o máximo que eu poderia fazer era na verdade o certo.

Voltei ao meio da rua que já estava um pouco infestada de zumbis, que por causa da alta neblina não me perceberam. A família deixou cair suas bolsas quando foram atingidas pelos tiros. Recolhi todas elas e levei-as de volta para o beco. Comecei a abri-las e verificar o que havia dentro. Na maior e na média, que deduzi ser do pai e da mãe, havia montes de comida enlatada e não perecíveis, além de uma lanterna, algumas roupas e fotos de família. Para completar toda a carga, produtos de limpeza pessoal e cosméticos, e 2 cobertores médios. Na bolsa das crianças, montes de brinquedos e algumas roupas, além de biscoitos de chocolates recheados. Decidi recolher toda a comida, a lanterna, uma escova de dentes nova, ainda na caixa, e uma pasta de dentes na metade, já que infelizmente eles não usariam mais, e as bolsas que me serviriam bem. Coloquei tudo que recolhi em minha bolsa maior adquirida anteriormente. Deixei 1 dos cobertores para fora, para usá-lo durante a noite. Eu planejara não sair dali, e era o que eu faria. Por fim, coloquei todas as fotos da família na lata do lixo que serviria como cova, e fechei-a com a tranca, para ninguém, mas ninguém mesmo, nunca mais perturbar aquela família. Enquanto fazia tudo isso, me lembrei da cena do fuzilamento. Então, a anarquia agora reina no mundo? Era o que parecia. Nem a doutrina de Marx havia prevalecido; ninguém dividia nada com ninguém, todos queriam para si mesmo.

Antes do meu próximo ato, pensei no que faria. Onde eu estaria? Liguei meu celular de novo e abri o aplicativo de latitude. Estava indicando que eu estava na Rua James Patterson. Coloquei a rua de casa como ponto de chegada, e indicava 1 quilômetro e meio. 1 quilômetro? Meu deus, então eu andei tanto assim a pé? Pois na noite em que tudo começou, eu andara no máximo 500 metros até capotar. Voltaria para casa, essa isso que faria. Para ver se meus pais ainda estão vivos, para ver se a vida recomeçaria e isso tudo seria um pesadelo. Meus pais. Fazia mais de 2 dias que não falava com eles. Teria de voltar para lá. Porém, não de noite. E não poderia dormir naquele beco; rapidamente os mordedores seriam atraídos. Olhei em volta e achei uma porta, daquelas de restaurante. Olhei pela fechadura e não havia mordedores. Entrei sem fazer barulho e tranquei a porta com algumas caixas que encontrei. Olhei em volta, era uma cozinha. Só havia 1 única porta além da qual eu entrei. Olhei pela fechadura novamente; era o salão. Infestado de zumbis. Felizmente estava trancado com todas as fechaduras, mas para reforçar ainda coloquei mais caixas. Coloquei o banquinho de Alice no chão e estirei-me sobre o mesmo, colocando o cobertor em cima de mim e dela. Antes de desligar meu celular, coloquei despertador para as 6 da manhã, porém colei o celular ao meu ouvido e coloquei baixinho, para que Alice não acordasse assustada e atraísse mordedores. Então me ajeitei e dormi sobre meus próprios braços, na minha primeira noite de sono calma.

Aproximadamente 7 horas depois...

Acordei. Acordei revigorado. Agora sim, estava pronto para tudo que viesse. Minhas pernas já não mais doíam e meus olhos não pesavam. Acordei feliz, também. Feliz? Como, em meio á esse condenação de Atlas? Eu sonhara com tudo dando certo. No começo do sonho, eu era pequeno e encontrei meus pais, que me chamavam por Nik. Eles me levaram á um campo florido, onde brincavam de esconde-esconde comigo. No final, eles me levaram á uma cesta de piquenique repleta de guloseimas. Depois, tive um pulo do sonho. O mesmo campo florido, porém eu era adulto. E quem estava ao meu lado era Natalie. Nós éramos os pais da vez. E chamávamos o nosso filho. Aconteceu tudo do jeito que sonhei com meus pais. Porém, quando Natalie foi pronunciar o apelido do nome de nosso filho, o sonho acabou. Pena. Queria saber, pois na certa se algum dia eu tiver um filho, daria o nome do mesmo.
Acordei eletrizado. Preparei o café da manhã de Alice (que era na base do leite, mesmo sem saber se faria mal ou não) esquentando por uma ****** de sol de uma janela, e dessa vez variei no cardápio: comi algumas batatas chips, e tomei um gole de suco que achei na bolsa da família da noite passada.

Depois que Alice terminou, abri um pouco da torneira que havia água corrente; Lavei a garrafinha de Alice, e escovei meus dentes. Também passei de leve nos dentes de Alice, mas sem pasta. Quando acabei, coloquei tudo de volta na mochila. Como não seria viável carregar Alice e o banquinho no colo, improvisei com o zíper, o ferro do banco e muita força no braço, um suporte, de modo que ele não caísse. Abri a porta lentamente. Fui-me de novo, ao encontro do novíssimo mundo. O beco em que eu estava não havia mordedores, porém o beco maior que dava entrada para duas ruas havia um deles caído. Não o alertei, e continuei pela rua onde a família não tinha sido morta; a rua paralela ao massacre. Eu estava mais confiante e decidi achar um carro. Quando fui adentrando a rua, Alice começa a chorar. A rua, que estava infestada de mordedores, logo se alertou ao extremo. Logo vi um carro, um Crown Victoria 2002 meio sujo de barro, com a porta semiaberta. Tratei de correr antes que qualquer um deles me alcançasse. Quando fui entrando, percebi que havia um cadáver, ainda recente no banco. Joguei-o para fora numa rapidez que adquiri nessas últimas horas e me tranquei dentro do carro. O cadáver, com um tiro na cabeça, ainda havia sangue quente. Serviria de atraso para os zumbis, que se lançaram ao vê-lo. Enquanto isso, Alguns deles se posicionaram á frente do carro e nas janelas, porém estavam todas fechadas e as portas trancadas. Tratei de botar Alice no passageiro e procurar a chave. Era costume de moradores da nossa cidade, esconder a chave em alguma parte do carro. Procurei-a por minutos, e quase enlouqueci, pensando que tinha me colocado numa enrascada. Porém, pensei positivo, pensando que meus pais ainda estivessem vivos, assim como Natalie. Acabei encontrando a chave do carro no para-sol do carro, no lado do passageiro. Tratei de ligar o carro apressadamente, que estava com a gasolina na metade e me mandar dali. A partida foi difícil para o carro, com tanto peso de zumbis em cima dele. Mas logo todos penderam para o lado e eu disparei. Tratei de ficar calmo agora, já que não haveria mais carros nas ruas. E a cada rua que passava mais e mais zumbis. Verifiquei se o rádio do carro pegava; não o rádio em si, mas o toca-discos estava perfeito. Enquanto dirigia, procurava algum CD. Encontrei o álbum L.A Woman do The Doors, uma das minhas bandas preferidas. Coloquei a faixa Riders on the Storm e deixei-me levar daquela tempestade que se formava no mundo...

20 minutos depois...

Não estacionaria o carro perto de casa. Felizmente, minha rua continha poucos mordedores. Tratei de colocar o carro á uns 300 metros, e o resto corri, a pé. Chegando em casa, olhei para a garagem; destruída. Entrei em casa e tranquei todas as portas e fechei as janelas com as venezianas, só deixei as do segundo andar abertas. Não havia grunhidos, apenas fora da casa, então minha casa estava intacta. Voltei ao térreo e me deparei com uma cena estranha. 2 bolsas e 1 mala de viagem, em cima do centro perto da TV. Meu coração se apertou. Junto, havia uma nota. Comecei a ler:

“Nik, aqui é a mamãe. Se você estiver lendo isso aqui, não se preocupe comigo e com seu pai! Nós estamos em um lugar melhor agora. O mundo virou um inferno desde que começou, e acho que você sabe o que eles são. Você sempre foi esperto, meu filho. Agora, você fugiu daqui. Se algum dia voltar, por favor, leia isso e leve tudo que deixei nessa mala, e vá embora para o centro de refugiados com sua irmã. O mundo não é mais como agora, Nik. Pegue algum carro, na rua mesmo, e vá. Não se preocupe com nós ou com amigos, o que importa agora é sua própria vida. Não se esqueça que eu e papai te amamos e sempre te amaremos.
Com amor, mamãe.
P.S: Por favor, se alguém encontrar isso antes de meu filho, levem tudo o que estiver na casa, porém deixe essas malas e a nota na mesa! É a palavra de uma mãe aflita, escrita nessa carta.”

Cai no chão e comecei a chorar. Eu estava acabado.
Editado pela última vez por Stiglitz em 02/05/2013 17:20, em um total de 7 vezes.

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Stiglitz »

Capítulo 2 disponível galera!
Comentem por favor ;)

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Sunray »

Muito bom, muito bom mesmo, agora estou aguardando o Capitulo 3 ;)

Kazi
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Kazi »

Cara, ficou muito bom mesmo. Esperando pelo 3º capítulo =)

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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por LoucurasdoPortal »

Muito bom! Esperando pelo próximo :D Na boa, ficou bom MESMO!
Editado pela última vez por LoucurasdoPortal em 19/04/2013 12:50, em um total de 1 vez.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Marceloitac12 »

História muito boa, estou ansioso pelo próximo Capítulo.

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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Eduardo Campos »

Lol curto muito esses histórinhas criadas, essa dia ficou muito top xD

Esperando o proximo capitulo* :mrgreen:

Timoneiro
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Timoneiro »

Muito bom mesmo, De onde vem Tanta Inspiração?

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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Stiglitz »

OniOn escreveu:
Angel of Death escreveu:Muito bom mesmo, De onde vem Tanta Inspiração?
Da cabeça? HSUAHSUAHSUASHAUSHA
Era pra eu responder né gab? '-'

Angel, não sei, eu só penso em várias situações fictícias e começo a escrever. No fim, eu junto tudo.

E pra quem está se perguntando, eu não "trabalho" nos fins de semana, mais como eu to inspirado eu já to fazendo. Provavelmente sai segunda.

Timoneiro
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Timoneiro »

OniOn escreveu:
Angel of Death escreveu:Muito bom mesmo, De onde vem Tanta Inspiração?
Da cabeça? HSUAHSUAHSUASHAUSHA
Bom, eu perguntei (ao Vlad) para saber de Quem ou de Onde ele teve inspiração!
Mas Obrigado a sua Resposta!

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Stiglitz »

galera, não posso relevar o enredo pra vocês, mas qualquer crítica é bem vinda ok?
sugestão do que poderá acontecer na história também!

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Stiglitz »

capítulo 3 disponível galera!
por favor, comentem, façam sugestões, qualquer coisa é bem vinda!

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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por LoucurasdoPortal »

Muito bom o terceiro capítulo... Você tem esse dom de escritor, cara!

Sunray

Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Sunray »

Muito bom, muito bom mesmo, aguardando o próximo capitulo! ;)

Stiglitz
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Re: História de minha autoria - Los Desperados

Mensagem por Stiglitz »

Obrigado a todos que estão gostando da história e não perdem cada capítulo que eu escrevo! :D
Não se esqueçam de dar sugestões/críticas ok?
valeu

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